A “maior cobra do mundo” encontrada no Mato Grosso do Sul foi morta a tiros semanas depois de se tornar viral

por Lucas Rabello
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Caçadores  abateram Ana Júlia, a sucuri celebridade que se destacava tanto em comprimento quanto em fama. Em 24 de março, sua vida foi abreviada no Rio Formoso, Bonito. Ela pesava mais de 200 quilogramas e estendia-se por mais de 7,9 metros. Ela não era apenas qualquer cobra; seu perímetro rivalizava com o de um pneu de carro, e sua cabeça? Do tamanho da de um humano.

Ana Júlia conquistou corações pela primeira vez quando o biólogo holandês Professor Freek Vonk ousou nadar ao lado dela, um encontro que a catapultou para o estrelato. Cristian Dimitris, um cineasta de vida selvagem, confirmou sua identidade: “Comparei as marcas em seu rosto, que são como impressões digitais.” Essa cobra não era apenas qualquer anaconda; ela era um símbolo, suas imagens circulando o globo.

O Professor Vonk, ao saber de seu falecimento, ficou entre a tristeza e a fúria. “Com muita dor no coração, gostaria de informar que a grande e poderosa anaconda com quem nadei foi encontrada morta no rio”, compartilhou. A causa da morte? Rumores apontavam para um tiro, embora nada fosse definitivo. “Quão doente você precisa ser para fazer isso a um animal tão belo e único?” Vonk lamentou, deplorando a perda de uma criatura no auge de sua vida, que prometia muitos mais descendentes e contribuições para a biodiversidade.

A "maior cobra do mundo" encontrada na Amazônia foi morta a tiros semanas depois de se tornar viral

Ana Júlia não era apenas qualquer cobra; ela era uma quebradora de recordes, um gigante entre gigantes no mundo das cobras. “Ela era a maior cobra que eu já havia visto com meus próprios olhos”, Vonk recordou, ainda em admiração pelo tempo que passou nadando ao lado dela.

A descoberta da sucuri por Vonk e sua equipe foi um marco, expandindo a diversidade conhecida de anacondas no Brasil. “Espero que os responsáveis sejam encontrados e processados, pois esse tipo de comportamento deve ser severamente punido”, Vonk insistiu, clamando por justiça.

O Professor Jesus Rivas, que dedicou mais de três décadas ao estudo de sucuris, vê isso como um alerta para as profundezas desconhecidas da biodiversidade sul-americana. “Esta descoberta humilha a mente em relação à verdadeira diversidade da América do Sul”, afirmou, ponderando sobre os mistérios ainda escondidos na exuberante vegetação.

À medida que a investigação se desenrola, a história de Ana Júlia permanece um lembrete pungente das frágeis interseções entre as ações humanas e a conservação da vida selvagem, uma história que continua a ressoar pelo globo, instando-nos a refletir sobre nosso impacto no mundo natural.

1 comentário

Valéria Marques 26 de março de 2024 - 18:31

A ignorância e o desamor humanos faz vítimas diariamente. Investem violentamente até contra seus descendentes diretos e os de sua própria espécie dita, pasmem, “homo sapiens”.

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