Stephen King cita o filme de terror que ele não conseguiu assistir porque estava com muito medo

por Lucas Rabello
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Stephen King, a mente por trás de algumas das histórias mais arrepiantes da história literária, tem uma confissão. Há um filme de terror que até ele não consegue assistir. Surpreendente, certo? Afinal, este é o cara que tem sido o arquiteto dos nossos pesadelos por décadas. Mas ei, todos nós temos nossos limites, e a admissão de King é tão chocante quanto estranhamente reconfortante. É como descobrir que super-heróis têm sua kriptonita.

Durante um episódio de “History of Horror” com Eli Roth, sabe, o cara de “Cabana do Inferno”, King soltou a bomba. Ele contou que, quando estava deitado em uma cama de hospital, não exatamente em condição ideal, decidiu assistir a um filme de terror. Graças ao seu filho, que provavelmente achou que era uma ideia genial, King acabou com uma fita VHS (sim, aqueles relíquias antigas) de um filme que estaria prestes a levá-lo ao limite. Na metade do caminho, King joga a toalha, dizendo ao seu filho, “Isso é muito assustador.” Você quase pode ouvir a incredulidade na voz de seu filho, “Sério, pai? Você?”

Então, qual é o filme que fez o rei do terror acenar com a bandeira branca? “A Bruxa de Blair”. É isso mesmo que você ouviu. O fenômeno de metragem encontrada que nos fez questionar o que se esconde nas florestas não é apenas um filme assustador comum. É o que mexeu com Stephen King.

Lançado em 1999, “A Bruxa de Blair” foi a criação de Daniel Myrick e Eduardo Sánchez. Ele conta a história de três estudantes de cinema que desaparecem enquanto desvendam a lenda da Bruxa de Blair nas assustadoras florestas de Maryland. Com nada além de suas filmagens deixadas para trás, o filme desfoca as linhas entre ficção e realidade de uma maneira que é desconfortavelmente real.

Apesar de sua recepção mista pelo público, com uma pontuação de 57% dos espectadores mas sólidos 86% no Tomatometer, este filme não é apenas mais um no balde do terror. É um divisor de águas. E King, em uma edição de 2010 de “Danse Macabre”, não pôde deixar de tirar o chapéu para ele. Ele disse: “Uma coisa sobre A Bruxa de Blair: a droga do filme parece real. Outra coisa sobre A Bruxa de Blair: a droga do filme se sente real.”

A experiência de King com “A Bruxa de Blair” é como aquele pior pesadelo do qual você não consegue se livrar — aquele em que você acorda ofegante, encharcado de suor, grato por ter sido apenas um sonho… ou foi? A aparência crua e não polida do filme, aliada à sua narrativa imersiva, cria uma atmosfera tão tensa, é como se você estivesse lá na floresta, ouvindo esses sons sinistros no escuro.

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