Simulação mostra momentos finais angustiantes antes de avião cair no mar matando 228 pessoas

por Lucas Rabello
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Em 2009, o voo AF447 da Air France estava a caminho do Rio de Janeiro para Paris quando encontrou um destino trágico, caindo no Oceano Atlântico. O desastre tirou a vida de todas as 228 pessoas a bordo, incluindo 12 membros da tripulação e 216 passageiros.

A aeronave encontrou uma tempestade e desapareceu do radar, mergulhando aproximadamente 11.500 metros no oceano em um intervalo de apenas 4 minutos e 24 segundos. Levou dois anos até que os investigadores recuperassem a caixa-preta do avião, que revelou os últimos momentos angustiantes dentro do cockpit.

As gravações capturaram as vozes do capitão Marc Dubois, de 58 anos, juntamente com os copilotos David Robert, de 37 anos, e Pierre-Cédric Bonin, de 32 anos. À medida que a situação se deteriorava, um dos pilotos foi gravado dizendo, “Perdemos nossas velocidades. Não sei o que está acontecendo.” Em resposta, Bonin instou, “Vamos! Puxe para cima, puxe para cima, puxe para cima.” A tensão escalou enquanto Robert exclamava, “P***a, vamos bater! Não é verdade! Mas o que está acontecendo?” As últimas palavras arrepiantes capturadas foram: “P***a, estamos mortos.”

Uma simulação criada posteriormente tentou reconstruir os eventos que levaram ao acidente. Ela sugeriu que o piloto automático havia sido desengatado em uma alta altitude. Isso deixou o avião sob controle manual, e numa decisão crítica, a tripulação levantou o nariz do avião. Esta manobra levou a um estol aerodinâmico, perturbando o equilíbrio de forças necessário para o voo.

No momento da crise, o Capitão Dubois estava dormindo. Ao acordar, não havia tempo suficiente para ele abordar efetivamente o estol. Seus copilotos falharam em reconhecer o estol, um momento crítico perdido.

O Bureau d’Enquêtes et d’Analyses (BEA) da França concluiu que a tripulação não lidou adequadamente com a situação. A investigação também revelou uma falta de treinamento adequado para voar manualmente a aeronave em altas altitudes sem o piloto automático.

Apesar desses achados, um tribunal decidiu que nem a Air France nem a Airbus eram criminalmente responsáveis pelo acidente. Esta decisão foi recebida com fortes reações. David Koubbi, representando algumas das famílias enlutadas, expressou sua devastação, comentando, “É um sinal de que você pode matar 228 pessoas em um acidente aéreo e ninguém é culpado.”

Esse veredicto deixou muitas famílias lutando para encontrar um fechamento, já que sentiram que a justiça não havia sido feita pela perda de seus entes queridos.

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