Simulação mostra método de execução da Grécia Antiga que é ‘a pior maneira de morrer’

por Lucas Rabello
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Entre 570 e 554 a.C., a colônia grega de Akragas, na atual Sicília, Itália, foi governada por Falaris, um tirano lembrado por seus métodos severos e cruéis de punição. Entre suas invenções notórias estava o touro de bronze, um dispositivo de tortura projetado por seu escultor, Perilaus. Esse aparato não era apenas uma escultura, mas uma ferramenta de execução projetada para causar mortes agonizantes.

O touro de bronze era uma escultura oca de bronze em forma de touro. As vítimas eram forçadas a entrar por uma abertura, que era então selada. Para executar a punição, acendia-se um fogo sob o touro. À medida que o fogo aquecia o metal, a temperatura dentro do touro aumentava drasticamente, assando a pessoa dentro viva.

Esse método de execução era temido não apenas pela dor excruciante, mas também pelo terror psicológico que infligia. Michele Boyd, uma neurobióloga, discutiu os efeitos nas vítimas em um episódio de 2008 do programa “Machines of Malice”. Ela explicou que estar confinado em um espaço tão escuro e apertado desencadearia ataques de pânico severos, acelerando a frequência cardíaca e a respiração, aumentando o medo e a dor da pessoa antes da morte.

O senso de humor distorcido de Falaris adicionou uma característica macabra ao touro de bronze. A cabeça do touro foi projetada com tubos e canos que distorciam os gritos dos moribundos em bramidos de um touro enfurecido. Esse design horrível foi demonstrado de maneira cruel quando Falaris ordenou que Perilaus testasse o sistema de som imitando os gritos de uma vítima dentro do touro. Uma vez dentro, Falaris selou a entrada e acendeu o fogo, usando a ocasião para validar a eficácia do mecanismo de som enquanto Perilaus era cozido vivo, seus gritos ecoando a fúria do touro como pretendido.

O reinado de terror sob Falaris finalmente terminou em 554 a.C., quando ele foi deposto por um novo líder, Telemaco. Em uma reviravolta irônica do destino, relatos históricos sugerem que Falaris encontrou seu fim da mesma maneira que havia submetido tantas de suas vítimas, executado no touro de bronze. Esse ato de justiça poética marcou o fim de seu governo brutal e o legado horrível do touro de bronze.

O touro de bronze permanece como um dos lembretes mais brutais dos métodos antigos de tortura e execução, encarnando os extremos aos quais os governantes iriam para manter o poder e instilar medo.

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