Piscina mortal no fundo do mar mata qualquer coisa que entra nela

por Lucas Rabello
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Uma piscina letal no fundo do Mar Vermelho foi descoberta. Ela está localizada a uma profundidade tão grande que sua própria existência é surpreendente.

À frente dessa descoberta está o Professor Sam Purkis da Universidade de Miami, que junto com sua equipe, encontrou essa piscina de salmoura mortal. A piscina, situada a uma profundidade de 1.770 metros, apresenta um ambiente tão hostil que mata quase tudo que entra nela. Esta descoberta foi feita usando um veículo subaquático operado remotamente (ROV) durante um meticuloso mergulho de dez horas, com a piscina aparecendo nos últimos cinco minutos.

O professor Purkis explica: “a salmoura é desprovida de oxigênio, o que significa que qualquer animal que entre na salmoura é imediatamente atordoado ou morto.” Este ambiente severo torna as piscinas de salmoura uma armadilha mortal para peixes desavisados. No entanto, é uma história diferente para os predadores que se escondem nas proximidades, pois eles “se alimentam dos azarados”, segundo Purkis.

Mas não é tudo desgraça e tristeza. Apesar de sua natureza mortal, essas piscinas são surpreendentemente ricas em biodiversidade. “Nesta grande profundidade, geralmente não há muita vida no leito do mar”, acrescenta Purkis, “No entanto, as piscinas de salmoura são um rico oásis de vida. Grossos tapetes de micróbios sustentam uma diversidade de animais.” Este ambiente paradoxal suporta formas de vida que se adaptaram para prosperar em condições extremas.

As piscinas de salmoura não só são livres de oxigênio, mas também saturadas com níveis letais de salinidade e produtos químicos potencialmente tóxicos como sulfeto de hidrogênio. Essa combinação pode preservar animais mortos em um estado que lembra a conservação em salmoura, mantendo tecidos moles intactos por anos. Pesquisadores uma vez descobriram um caranguejo que provavelmente estava morto há oito anos, mas ainda mantinha seu tecido mole devido a essas condições.

As bordas dessas piscinas contam outra história. Elas são frequentemente alinhadas com mexilhões, que abrigam bactérias quimiossintéticas simbióticas. Essas bactérias utilizam as altas quantidades de metano encontradas nas piscinas de salmoura para produzir açúcar de carbono, demonstrando uma adaptação notável para aproveitar energia de ambientes aparentemente letais.

O professor Purkis acredita que entender esses ambientes extremos é crucial. “Nossa descoberta de uma rica comunidade de micróbios que sobrevive em ambientes extremos pode ajudar a traçar os limites da vida na Terra e pode ser aplicada à busca por vida em outros lugares do nosso sistema solar e além”, afirmou. Ele ainda enfatizou as implicações mais amplas, observando: “Até entendermos os limites da vida na Terra, será difícil determinar se planetas alienígenas podem abrigar quaisquer seres vivos.”

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