A Ilha Bouvet, um pequeno ponto no vasto Oceano Atlântico, está localizada a aproximadamente 2.575 quilômetros de qualquer assentamento humano permanente. Esta ilha isolada faz parte do território norueguês, mas não é exatamente um centro de atividade intensa. É predominantemente coberta de gelo, não possui residentes permanentes e serve como uma reserva natural protegida.
Em 1739, o comandante francês Jean-Baptiste Charles Bouvet de Lozier descobriu esta remota ilha, mas devido a um erro nas coordenadas, ela desapareceu dos mapas até que um baleeiro britânico chamado James Lindsay a redescobriu em 1808. Avançando para 1964, encontramos o pesquisador Allan Crawford e sua equipe científica pousando na ilha para investigar seus mistérios. Eles chegaram via helicóptero a partir do HMS Protector, um navio de gelo antártico da Marinha Real.
Enquanto estavam na Ilha Bouvet, a equipe de Crawford encontrou uma visão intrigante — um bote salva-vidas balançando próximo à costa. Este não era um bote salva-vidas comum; ele não tinha motor e não havia pistas sobre sua origem. A quem pertencia e o destino daqueles que o utilizaram permaneciam completos enigmas. Não havia outros sinais de presença humana, apenas este barco solitário e abandonado.
Teorias intrigantes surgem sobre a história do bote salva-vidas. Alguns sugerem que ele poderia ter pertencido a um navio de reconhecimento científico soviético, o Slava-9. Esse navio fazia parte da frota baleeira antártica Slava em 1958 e teria feito uma parada na Ilha Bouvet. Diz-se que um grupo de marinheiros desembarcou, mas não pôde partir devido ao agravamento do tempo, necessitando eventualmente de um resgate por helicóptero. O mistério se aprofundou quando outra expedição em 1978 recuperou o bote salva-vidas sem descobrir pistas adicionais.
