Uma leoa no Zoológico de Topeka, no Kansas, EUA, conhecida como Zuri, chamou a atenção quando começou a desenvolver uma juba aos 18 anos de idade. Normalmente, as jubas são características dos leões machos, simbolizando força e dominância e aparecendo em várias tonalidades. As fêmeas, em contraste, geralmente têm uma pelagem uniforme e clara sem juba.
Zuri, que vivia em um grupo de três leões, começou a desenvolver uma juba após a morte de Avus, o único leão macho do grupo, em outubro de 2020. Esse acontecimento deixou os tratadores do zoológico e cientistas perplexos, pois é extremamente raro uma leoa crescer uma juba. Shanna Simpson, curadora de animais do zoológico, compartilhou com a NPR, “É extremamente raro. Nunca tínhamos ouvido falar disso até vermos a Zuri.”
Embora esse fenômeno seja incomum, não é sem precedentes. Casos semelhantes foram documentados algumas vezes em todo o mundo, incluindo uma leoa na África do Sul em 2011 e outra no Zoológico da Cidade de Oklahoma em 2018. Além disso, pesquisadores observaram cinco casos de leoas com jubas em Botswana em 2016, que foram detalhados no Journal of African Ecology.
Especialistas ainda estão tentando determinar a causa exata da juba de Zuri. As primeiras suposições especulavam que isso poderia estar relacionado a Zuri assumindo a liderança do grupo após a morte de Avus, mas investigações adicionais sugeriram o contrário. Kris Everatt, cientista de conservação da Panthera, comentou ao Live Science, “Não acho que exista realmente algum tipo de razão evolutiva para isso, seja falta de machos ou muita competição com outras fêmeas ou qualquer coisa assim… Acho que é apenas um evento aleatório.”
Uma teoria aponta para mudanças hormonais ligadas à idade avançada de Zuri como o possível gatilho para o crescimento de sua juba. Aos 18 anos, ela já estava além da expectativa de vida típica dos leões na natureza, que é de cerca de 15 a 16 anos. Testes médicos realizados em Zuri não mostraram problemas de saúde subjacentes, reforçando a teoria de que sua juba poderia ter resultado de alterações hormonais induzidas pela idade.
Infelizmente, Zuri faleceu aos 19 anos, conforme anunciado pelo Zoológico de Topeka no ano passado. Sua história permanece um capítulo curioso no entendimento da biologia e comportamento dos leões.
