Autoridades de saúde alertam sobre sobras depois que bactérias mortais deixaram mulher paralisada e ligada ao ventilador

por Lucas Rabello
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A brasileira Claudia de Albuquerque Celada, 23 anos, encontrou-se em uma situação difícil após consumir uma sopa pré-embalada aparentemente inofensiva. Trabalhando em Aspen, Colorado, EUA, em um programa de intercâmbio, a nativa brasileira inicialmente apresentou sintomas como paralisia, tontura, visão dupla e falta de ar, o que levou à sua hospitalização em fevereiro. Apesar dos cuidados contínuos, ela permanece dependente de um ventilador no Swedish Medical Center em Denver.

O ponto de virada em sua condição ocorreu duas semanas após a admissão, quando Claudia foi diagnosticada com botulismo. O Centers for Disease Control and Prevention (CDC) define botulismo como uma condição rara e potencialmente fatal causada por uma toxina que prejudica os nervos, complica a respiração e pode induzir paralisia muscular e morte. Embora a sopa consumida por Claudia tenha sido implicada, testes subsequentes em produtos similares do mesmo vendedor não mostraram vestígios da toxina, sugerindo que a própria sopa pode não ter sido a culpada.

Desde então, a atenção se voltou para como Claudia armazenou e reaqueceu sua sopa. Um representante do Departamento de Saúde do Condado de Pitkin enfatizou a importância de práticas adequadas de manipulação de alimentos. “Como um surto foi descartado, realmente nos concentramos no aspecto da prevenção”, eles compartilharam com o Daily Mail. “Não havia uma fonte comum de exposição que afetasse um grande grupo da população, ou se houve múltiplos casos associados, realmente olhamos para o manuseio de alimentos como provável causa da infecção.”

Esse incidente incentivou as autoridades locais de saúde a emitir lembretes sobre a necessidade de aquecer e manipular adequadamente os alimentos. Eles mantêm alta confiança de que a sopa pré-embalada em si não foi o problema, mas admitem que “é quase impossível dizer definitivamente em que estágio pode ter havido essa falha.”

Em meio à sua crise de saúde, as despesas médicas de Claudia dispararam, com custos atingindo o equivalente a 52 mil reais por dia no hospital de Denver. Sua família, reconhecendo os benefícios de estar cercada por entes queridos, decidiu transferi-la de volta para o Brasil. Sua irmã, Luísa Albuquerque, comentou nas redes sociais: “Achamos que a recuperação perto de família e amigos é muito mais rápida. Comparando os custos entre ficar aqui e voltar para o Brasil, o retorno ainda é muito mais barato.”

Para cobrir os crescentes custos, a família de Claudia iniciou uma campanha de arrecadação de fundos na Vakinha, uma plataforma de crowdfunding. Apesar de seus esforços, eles arrecadaram apenas cerca de 225.149,91 reais brasileiros (aproximadamente 43 dólares americanos), um lembrete contundente dos encargos financeiros que frequentemente acompanham emergências médicas.

Você pode acompanhar o caso no perfil da irmã de Claudia no Instagram.

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