A Terra vai perder um segundo pela primeira vez na história. O que isso significa?

por Lucas Rabello
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A noção de que nossos dias são cheios e o tempo voa pode em breve carregar uma implicação mais literal. Em uma reviravolta incomum, cientistas estão contemplando a remoção de um segundo do sistema global de cronometragem, um conceito inédito até agora. Essa ajuste, denominado “segundo bissexto negativo”, é proposto para o ano de 2029 para contabilizar uma aceleração na rotação da Terra.

“Duncan Agnew, um geofísico respeitado da Instituição Scripps de Oceanografia na Universidade da Califórnia, San Diego, lidera a discussão com suas descobertas publicadas na Nature. “Esta é uma situação sem precedentes e importante”, ele comenta, enfatizando a singularidade dos tempos atuais apesar da mudança ser leve.

A aceleração, como Agnew explica, é influenciada pela dinâmica interna da Terra, particularmente seu núcleo ‘líquido’. No entanto, o derretimento do gelo nos polos, alterando a distribuição de massa da Terra, tem sutilmente contrariado essa aceleração. “Não é uma mudança enorme na rotação da Terra que vai levar a alguma catástrofe ou algo assim, mas é algo notável”, Agnew adiciona, oferecendo tranquilidade em meio à revelação significativa.

Mais insight vem de Massimo Frezzotti, um glaciologista da Universidade Roma Tre, que conecta o derretimento das geleiras na Groenlândia e na Antártida às mudanças na forma do geoide terrestre. Essas mudanças, ele sugere, desempenham um papel no comportamento rotacional da Terra.

A conversa se estende a Dennis McCarthy, um especialista externo, que apoia a inevitabilidade do ‘segundo bissexto negativo’. McCarthy aponta para a atração gravitacional da lua e seu impacto nas marés como um impulsionador primário por trás da mudança na velocidade rotacional da Terra. A adição histórica de segundos bissextos para contabilizar a desaceleração da rotação da Terra tem visto uma diminuição na necessidade à medida que o planeta começou a girar mais rápido.

Judah Levine, do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia da divisão de tempo e frequência, destaca uma mudança recente: “Em 2016 ou 2017 ou talvez 2018, a taxa de desaceleração tinha diminuído a ponto de a Terra estar na verdade acelerando.” Essa observação marca um ponto de inflexão significativo em nossa compreensão do ritmo temporal da Terra.

Conforme o diálogo entre cientistas se desenrola, a perspectiva de pular 23:59:59 em nossos relógios para transitar diretamente de 23:58 para meia-noite em 2029 se aproxima.

1 comentário

Milton Barbosa de Moura 29 de março de 2024 - 11:00

O SER HUMANO O MAIS IMBECIL QUE VIVE NESTE PLANETA, VAI LEVAR O CAOS, O MAIOR CULPADO DE TUDO ISTO, POR ONDE ELE PASSA DESTROI TUDO, UM ANIMAL RACIONAL MAIS COM POUCA NOBREZA DE AGRADECER O QUE DEUS NOS DEU DE PRESENTE.

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