A sonda espacial Psyche da NASA, atualmente a cerca de 225 milhões de quilômetros da Terra (isso é 1,5 vezes a distância entre a Terra e o Sol, se você estiver contando), acabou de realizar um movimento estelar. Ela enviou uma mensagem por laser de volta para nós dessa distância recorde. Sim, isso mesmo – a 225 milhões de quilômetros de distância! Isso não é apenas um fax espacial do dia a dia; é um vislumbre do futuro da comunicação espacial de alta velocidade e alto risco.
Meera Srinivasan, a líder de operações do projeto no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, não conseguiu esconder sua empolgação. “Isso representa um marco significativo para o projeto ao mostrar como as comunicações ópticas podem interagir com o sistema de comunicações de frequência de rádio da nave”, disse ela. O que isso significa: Estamos elevando nosso nível na comunicação espacial. As antigas ondas de rádio? São coisa do século passado.
Essa tecnologia vistosa faz parte do kit de ferramentas da sonda, especificamente o Deep Space Optical Communications (DSOC). E enquanto a principal tarefa da Psyche é explorar o asteroide 16 Psyche — um pedaço de metal avaliado em incríveis 100 mil quatrilhões de dólares — a sonda também está funcionando como um banco de testes para futuras tecnologias que poderiam revolucionar como enviamos e recebemos dados pelo cosmo.
A necessidade de velocidade no espaço é real, e a NASA está em cima disso. Eles estão provando que as comunicações a laser podem lidar com as distâncias interestelares e entregar dados a velocidades de 10 a 100 vezes mais rápidas que a tecnologia atual permite. A última transmissão foi registrada a 25 megabits por segundo — impressionante, dada a vasta distância, e um aumento significativo em relação ao teste anterior, que enviou dados a 267 megabits por segundo de apenas 30 milhões de quilômetros de distância.
O resultado prático? Em novembro do ano passado, a Psyche enviou dados reais da nave espacial de apenas 16 milhões de quilômetros de distância, um mero aquecimento comparado a esta nova façanha. “Nós baixamos cerca de 10 minutos de dados duplicados da nave espacial”, explicou Srinivasan. Antes disso, eram apenas dados de teste e diagnóstico — não as informações mais interessantes.
Não vamos esquecer o curioso caso do gato laranja chamado Taters, que fez uma aparição em uma das transmissões. Essa mensagem específica, que mostrava imagens do Taters fazendo… bem, coisas de gato, voltou para a Terra em pouco mais de um minuto e meio, exibindo velocidades semelhantes às de banda larga.
Embora a última transmissão do DSOC tenha reduzido a taxa de dados para 25 megabits devido ao aumento da distância (sete vezes mais distante, para ser exato), ainda superou as expectativas. O objetivo era provar que pelo menos 1 Mbps era possível, e vamos apenas dizer, missão cumprida.
Olhando para o futuro, a Psyche está programada para um sobrevoo de Marte em 2026, que será uma rápida parada em sua jornada para o seu destino principal, o asteroide 16 Psyche, esperado para chegar em 2029. Esta missão não é apenas sobre direitos de se gabar; está preparando o cenário para o tipo de comunicação no espaço profundo que um dia poderia apoiar missões humanas para Marte e além.
