A história real de um serial killer que sequestrou mulheres apenas para libertá-las em floresta para poder caçá-las

por Lucas Rabello
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Em 1983, as ruas de Anchorage, no Alasca, tornaram-se o cenário de uma assustadora fuga quando Cindy Paulson, uma jovem de 17 anos, algemada e em estado de desespero, foi encontrada correndo por sua vida. Robert Yount, um caminhoneiro, encontrou Paulson e, impactado por seu estado angustiante, imediatamente a levou para um local seguro e alertou as autoridades. Paulson relatou uma história aterradora de sequestro sob a mira de uma arma, levando a uma terrível provação em que foi acorrentada e submetida a repetidas violações nas mãos de seu captor.

A figura central dessa narrativa aterrorizante era Robert Hansen, um homem cuja aparência inofensiva escondia uma inclinação sombria e violenta. Hansen, um padeiro de profissão, abrigava um passatempo sinistro que ia muito além de suas habilidades culinárias. Em uma remota e implacável selva do Alasca, Hansen encontrou uma arena perversa para suas fantasias mais depravadas. Ele sequestrava mulheres, muitas vezes marginalizadas pela sociedade, e as transportava para sua isolada cabana de caça. Lá, despidas de sua liberdade e dignidade, essas mulheres eram soltas, apenas para serem caçadas como presas em um macabro jogo que poderia durar dias.

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A provação de Paulson começou com seu sequestro e subsequente prisão no porão de Hansen, onde foi acorrentada e submetida a atos de violência indizíveis. Sua narrativa tomou um rumo cinematográfico quando, em um momento de desespero e coragem, ela aproveitou a oportunidade para escapar. Enquanto Hansen estava ocupado, Paulson fez uma corrida ousada pela liberdade, sua fuga marcada pela corrida frenética até a estrada onde Yount a encontrou.

A narrativa das atrocidades de Hansen é pontuada pela fuga de Paulson, um ponto de virada que trouxe à luz a sombria realidade de suas ações. Antes de sua fuga, Hansen conseguiu manter uma fachada de normalidade, evitando suspeitas mesmo quando as evidências se acumulavam ao seu redor. A descoberta de vários corpos nas proximidades de sua propriedade fez pouco para influenciar as autoridades, em grande parte devido ao comportamento calmo de Hansen e um álibi convenientemente fornecido.

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O ponto de virada na investigação veio com a intervenção do FBI, cujo perfil comportamental do assassino apontava inequivocamente para Hansen. Reforçada por essa nova visão e pelo testemunho de Paulson, a Polícia de Anchorage obteve um mandado de busca para as propriedades de Hansen. A busca revelou evidências condenatórias: um mapa com marcações ominosas correlacionando com os locais dos corpos encontrados, itens pessoais pertencentes às vítimas e um arsenal de armas de fogo.

Confrontado com as crescentes evidências, a fachada de Hansen desmoronou, levando a uma confissão que revelou uma história de violência que remontava a 1971. Sua admissão de culpa marcou o fim de um capítulo horrível na história do Alasca, culminando em uma sentença de 461 anos sem a possibilidade de liberdade condicional. O reinado de terror de Hansen, caracterizado por uma mistura grotesca de predação e perversão, foi encerrado de forma definitiva, terminando uma narrativa que havia mantido a selva do Alasca em um estado de medo.

Um filme chamado Sangue no Gelo foi baseado nessa história real (trailer abaixo):

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