Asteroides Ryugu e Bennu: maravilhas e riscos espaciais

por Lucas Rabello
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Asteroides, esses objetos antigos e escuros em nosso sistema solar, sempre capturaram nossa atenção, especialmente quando se aproximam demais da Terra. Conheça Ryugu, um asteroide próximo à Terra com cerca de 1 quilômetro de diâmetro que tem sido muito comentado. No Curiosity X, divulgaram o que estão chamando de ‘a foto mais clara’ de Ryugu, e isso tem causado bastante alvoroço. Este asteroide do tipo Cb, rico em materiais carbonáceos e com alta presença de água, contém pistas sobre a origem e evolução do sistema solar, especialmente dos planetas internos.

A composição de Ryugu não é apenas uma curiosidade científica; é também crucial para entender como a vida na Terra pode ter surgido. A NASA tem enfatizado que esses materiais carbonáceos são como as migalhas do sistema solar que nos levam de volta à cozinha cósmica onde as receitas da vida na Terra começaram.

No entanto, apesar dessa impressionante foto mostrando Ryugu de perto, a escuridão ao redor tem atraído mais atenção. A vasta e sinistra escuridão deixou muitos desconfortáveis. “O preto é mais interessante que as rochas… É apenas escuridão eterna e infinita”, apontou um usuário de redes sociais. Outro se mostrou confuso, dizendo: “É tão estranho que quando você olha para o céu à noite, você vê todas as estrelas, mas os astronautas dizem que é completamente escuro quando estão no espaço. Eu não entendo.” Parece que quanto mais vemos do espaço, mais sua infinita escuridão nos fascina e perplexa.

Enquanto isso, temos outra rocha celeste para nos preocupar—Bennu. Este asteroide, familiar ao nosso planeta pois passa por aqui a cada seis anos, tem uma data marcada em alguns calendários distantes. Em um dia de setembro de muitos anos no futuro, Bennu pode colidir com a Terra. É uma pequena chance, mas existe.

A NASA não está apenas esperando esse dia. Eles têm se dedicado a planos para desviar Bennu de seu possível curso de colisão com a Terra. Esta missão está atualmente no que eles chamam de ‘reta final’—pense nisso como os últimos quilômetros extenuantes de uma maratona. Richard Burns, gerente do projeto OSIRIS-REx no Centro de Voo Espacial Goddard da NASA, compartilhou a determinação de sua equipe: “Agora estamos na reta final desta jornada de sete anos, e parece muito com os últimos quilômetros de uma maratona, com uma confluência de emoções como orgulho e alegria coexistindo com um foco determinado para completar a corrida bem.”

Embora o risco de Bennu realmente atingir a Terra seja baixo—A NASA o coloca em 24 de setembro de 2182—é um cenário que eles levam a sério. Os riscos são altos, e a agência espacial está focada em se manter à frente. Assim, enquanto mantemos nossos olhos nos céus, rastreando essas fascinantes rochas espaciais, somos lembrados tanto das maravilhas quanto das possíveis ameaças que nosso universo contém.

Lucas Rabello
Lucas Rabello

Fundador do portal Mistérios do Mundo (2011). Escritor de ciência, mas cobrindo uma ampla variedade de assuntos. Ganhou o prêmio influenciador digital na categoria curiosidades.

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