Mergulhar de cabeça no mundo da moda às vezes pode parecer como tentar decifrar um código antigo. Claro, combinar aquele par chique de calças com a camisa perfeita pode parecer simples. Mas, oh, quando você começa a desvendar as camadas da história da moda, você está em um passeio turbulento por um labirinto de curiosidades (admitidamente fascinantes). Vamos começar a falar sobre botões. Sim, botões. Esses pequenos discos ou formas costurados em nossas roupas têm uma história que remonta há uns bons 800 anos.
Agora, aqui vai uma reviravolta peculiar: já notou como as camisas com botões de homens e mulheres são como imagens espelhadas? As mulheres têm seus botões do lado esquerdo; os homens, do direito. “O que há com isso?” você pode perguntar. Bem, não é apenas uma peculiaridade aleatória da moda. As raízes dessa colocação de botões por gênero nos levam de volta ao tempo em que os botões apareceram pela primeira vez.
Lá no século 13, quando os botões estavam se tornando a última moda nos círculos da alta sociedade, as mulheres de destaque eram frequentemente vestidas por suas aias. Imagine: a maioria dessas aias era destra, então colocar botões no lado esquerdo de uma peça de roupa era simplesmente prático — tornava todo o processo de vestir mais suave.
Mas e os homens, você se pergunta? Muitos deles andavam por aí com espadas. Paul Keers, que entende uma coisa ou duas sobre trajes masculinos, revela: “A espada de um cavalheiro sempre era usada do lado esquerdo, para que pudesse ser sacada com a mão direita.” Imagine tentar sacar sua espada e ficar preso no casaco porque os botões estavam no caminho. Um total deslize na moda, sem falar no potencial risco de vida!
Essa coisa toda de sacar com a mão direita significava que as roupas dos homens precisavam ser abotoadas de cima para baixo da esquerda para a direita. E assim, uma tradição nasceu. Tornou-se um aceno sutil ao estilo de vida aventureiro e armado dos cavalheiros.
Avançando um pouco, e chegamos a um período como os anos 1880, quando a moda feminina tomou um rumo mais tradicionalmente masculino. Mas aqui vai o ponto curioso — vestir-se demais como um homem poderia, de fato, colocá-la em apuros. A historiadora da moda Chloe Chapin nos dá o panorama: “Era na moda que as roupas femininas parecessem mais tradicionalmente masculinas.” Contudo, Deus nos livre de você realmente parecer demais com um homem. Foi aí que a distinta colocação dos botões veio a calhar, uma confirmação sorrateira de que “Sim, esta é de fato uma vestimenta feminina, senhor policial.”
E assim, a grande saga dos botões continua, um testemunho da mistura peculiar de praticidade e tradição da moda. Quem diria que algo tão simples quanto um botão poderia juntar um rico tapete de história e normas sociais?