Vamos falar sobre o que acontece quando você morre. Sim, não é o assunto mais agradável, mas continue comigo. Cientistas têm investigado esse mistério e eles têm algumas informações bem interessantes.
Primeiro, temos a fase chamada Relaxamento. Isso não é só um descanso típico de domingo. Quando você começa a morrer ativamente, seu apetite por comida e água despenca. Essa fase vem com uma sensação intensa de relaxamento. Tão intensa que você só consegue lidar com pequenas colheradas de comida e água.
Em seguida, vem a Fadiga Extrema e Inconsciência. Essa fase é como o cochilo mais poderoso da sua vida. Cerca de 72% das pessoas nessa fase relatam ter “sonhos pré-morte”. Esses não são os sonhos típicos em que você aparece nu no trabalho. As pessoas sonham em se reunir com aqueles que já morreram. Cerca de 59% sonham que estão se preparando para viajar (para onde, só podemos imaginar), e 28% têm experiências significativas com entes queridos. Você passa a maior parte do tempo dormindo aqui, às vezes até entrando em inconsciência.
Já ouviu falar de Ver a Luz? Não é uma metáfora para iluminação. Quando você está perto da morte, o sistema visual do seu cérebro enlouquece. Estudos cerebrais em ratos mostraram que a falta de inibição no cérebro moribundo faz com que o sistema visual dispare. Isso pode explicar por que as pessoas falam sobre ver algum tipo de luz durante experiências de quase-morte. Os humanos também experimentam isso, então você pode ter um show de luzes pessoal enquanto se despede. Na verdade, é só a química acontecendo loucamente dentro de seu cérebro.
Depois vem a Respiração Ruidosa. Conhecido como o “ronco da morte”, isso acontece porque você não pode mais engolir, tossir ou limpar a saliva do fundo da garganta. Parece assustador, mas não se preocupe – você não sentirá nenhum desconforto. É apenas uma das coisas que seu corpo faz enquanto está desligando.
Agora, prepare-se para o Surto Cerebral. Quando os cientistas examinaram ratos que morreram de parada cardíaca, eles descobriram que certas regiões do cérebro se iluminaram com raios gama sincronizados, semelhante à atividade cognitiva de alto nível. Humanos que passaram por parada cardíaca relataram experiências semelhantes. Aqueles que sobreviveram falaram sobre sentir como se estivessem se separando de seus corpos, avaliando suas escolhas de vida e como trataram os outros. Alguns acessaram “memórias armazenadas” e outros sentiram que estavam morrendo, mas também indo para um lugar que parecia ser o lar.
Então, é isso. A morte, por mais inquietante que pareça, é um processo com suas próprias fases e experiências. Os cientistas estão começando a juntar as peças, nos dando um vislumbre do que pode ser um dos últimos grandes mistérios da vida.
As experiências de quase-morte
Experiências de quase-morte (EQMs) são eventos extraordinários que ocorrem quando uma pessoa está perto da morte ou em situações de grave perigo à vida. Muitos que passaram por essas experiências relatam sensações vívidas e muitas vezes espirituais. Uma das descrições mais comuns é a de flutuar fora do próprio corpo, observando a cena ao redor, como se estivessem assistindo a um filme. Essa sensação de desdobramento é acompanhada por uma incrível clareza e tranquilidade, contrastando com a gravidade da situação física.
Além de flutuar, muitos indivíduos relatam ver um túnel com uma luz brilhante no final. Esta luz é frequentemente descrita como acolhedora e carregada de uma sensação de paz e amor incondicional. Em algumas narrativas, as pessoas encontram seres de luz ou figuras familiares que já faleceram, proporcionando um reencontro reconfortante. Essas figuras muitas vezes comunicam, sem palavras, que não é a hora da pessoa partir, incentivando-a a retornar à vida.
Outro aspecto fascinante das EQMs é a sensação de revisão da vida. Algumas pessoas relatam reviver momentos significativos de suas vidas, como se estivessem assistindo a um filme de sua própria história. Esta revisão é frequentemente acompanhada por uma profunda reflexão sobre suas ações e escolhas, proporcionando uma perspectiva ampliada sobre suas vidas. Esse processo pode levar a uma transformação pessoal, com muitos indivíduos mudando suas prioridades e valorizando mais as relações e experiências após voltarem à vida.
Finalmente, muitas pessoas que passaram por EQMs relatam um senso de propósito renovado ao retornarem à vida. A experiência muitas vezes provoca uma mudança profunda na forma como enxergam o mundo e sua própria existência. Muitos se tornam mais espirituais, valorizam mais o tempo e têm um desejo ardente de ajudar os outros.
As experiências de quase-morte têm intrigado cientistas e pesquisadores há décadas, e várias teorias foram propostas para explicar esses fenômenos sob uma perspectiva científica. Uma das teorias mais aceitas sugere que as EQMs são causadas por alterações no funcionamento do cérebro em momentos de estresse extremo, como a falta de oxigênio durante uma parada cardíaca. Quando o cérebro é privado de oxigênio, ele pode começar a funcionar de maneira anormal, levando a sensações intensas e visões. Estudos em animais demonstraram que, em situações de morte iminente, há uma descarga massiva de atividade neural que pode explicar as visões de luz e as sensações de flutuação relatadas por muitas pessoas.
Outra explicação científica está relacionada à liberação de neurotransmissores e hormônios em momentos críticos. Substâncias como endorfinas e serotonina, que são liberadas em grandes quantidades durante eventos estressantes ou traumáticos, podem induzir sensações de euforia e tranquilidade. Além disso, a ativação de regiões específicas do cérebro, como o córtex visual, pode resultar nas visões de túneis e luzes brilhantes. Essas reações químicas e neurológicas são interpretadas pelo cérebro como experiências extracorporais e encontros com seres de luz, proporcionando uma explicação biológica para as EQMs.