Na sexta-feira, 15 de agosto, um encontro inesperado aconteceu no Alasca. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reuniu-se com o líder russo, Vladimir Putin. O tema central foi o conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
Nenhum acordo concreto saiu das conversas. Entretanto, Trump afirmou que houve “progresso” em direção ao fim da guerra. A ausência notável foi a do presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy.
Zelenskyy, porém, já está em solo americano. Ele chegou aos Estados Unidos para um encontro crucial com Trump, marcado para domingo, 18 de agosto.
Antes dessa reunião direta, Trump usou sua plataforma, o Truth Social, para enviar uma mensagem. Na publicação de sábado, 17 de agosto, ele apresentou duas opções ao líder ucraniano.
Trump escreveu que Zelenskyy poderia “acabar com a guerra com a Rússia quase imediatamente, se quisesse”. A alternativa seria “continuar lutando”. Ele também fez referências específicas.
O presidente americano lembrou o início do conflito. Ele mencionou a Crimeia, anexada pela Rússia em 2014 sem confrontos armados na época. Trump também afirmou que a Ucrânia não deveria entrar na Otan. “Algumas coisas nunca mudam!!!”, concluiu ele.
A anexação da Crimeia pela Rússia em 2014 foi amplamente condenada internacionalmente. Os Estados Unidos estiveram entre os países que rejeitaram essa ação. A tensão entre Ucrânia e Rússia só aumentou desde então.
A invasão russa em larga escala de 2022 intensificou o conflito. Uma resposta da Ucrânia foi buscar ativamente a adesão à aliança militar Otan. Esse desejo contrasta com a posição expressa por Trump.
I have already arrived in Washington, tomorrow I am meeting with President Trump. Tomorrow we are also speaking with European leaders. I am grateful to @POTUS for the invitation. We all share a strong desire to end this war quickly and reliably. And peace must be lasting. Not…
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) August 18, 2025
Pouco depois da publicação de Trump, Zelenskyy usou o Twitter. Seu post pareceu ser uma resposta direta às palavras do presidente americano. Ele confirmou sua chegada a Washington e o encontro iminente com Trump.
Zelenskyy declarou um desejo comum: “acabar com esta guerra rapidamente e de forma confiável”. Ele enfatizou que a paz precisa ser duradoura. O líder ucraniano então trouxe exemplos passados.
Ele citou quando a Ucrânia “foi forçada a ceder a Crimeia e parte de nosso Leste – parte de Donbas”. Segundo Zelenskyy, Putin usou essas áreas como base para novos ataques. Ele também mencionou garantias de segurança de 1994 que “não funcionaram”.
Para Zelenskyy, a Crimeia não deveria ter sido cedida anteriormente. Ele comparou isso à resistência ucraniana em defender cidades como Kyiv, Odesa e Kharkiv após 2022. O presidente destacou ainda sucessos militares recentes nas regiões de Donetsk e Sumy.
Zelenskyy expressou confiança na defesa da Ucrânia e na garantia de sua segurança. Ele agradeceu o apoio de Trump, dos Estados Unidos e de todos os aliados. Mas deixou claro quem, na sua visão, precisa parar a guerra.
“Rússia deve acabar com esta guerra, que ela mesma começou”, escreveu Zelenskyy. Ele espera que a força conjunta da Ucrânia, América e aliados europeus obrigue a Rússia a buscar uma “paz real”. O palco está armado para um diálogo crucial em Washington.