Há mais de 41 anos, em 30 de janeiro de 1979, Gilberto Araújo, um experiente piloto da Varig, voou pela última vez, antes de desaparecer junto com o Boeing 707 que pilotava. A decolagem do último voo de Gilberto ocorreu às 20h23, saindo de Narita, no Japão, tendo como destino o Rio de Janeiro.
Era esperado que o Boeing 707 fizesse uma escala em Los Angeles, mas Gilberto tinha de atualizar sobre o status do voo logo no começo da viagem. Por isso, assim que o avião se estabilizou no céu, ele informou sua localização e atualizou o status da decolagem.
Infelizmente, logo depois disso o voo RG 967 de Narita para o Rio de Janeiro desapareceu dos radares, e nunca mais entrou em contato com a torre. Um alerta foi acionado pelos controladores, mobilizando todo o efetivo possível para as buscas do avião perdido. No entanto, mesmo depois de dias de buscas, nada fora encontrado.

Além de Gilberto, outros grandes nomes da aviação brasileira da época estavam a bordo: os engenheiros Nicola Esposito e José Severino de Gusmão Araújo, o comandante Erni Peixoto e os copilotos Evans Braga e Antonio Brasileiro da Silva Neto.
Até hoje, o desaparecimento do Boeing 707 é um grande mistério, e o fato de que a aeronave carregava uma quantidade considerável de riquezas só aumenta o número de rumores e boatos. O avião transportava um grande número de máquinas, peças navais, eletrônicos e até mesmo quadros caríssimos de artistas famosos. Nenhum sinal da queda, como destroços ou corpos, jamais foi encontrado.
Uma das teorias diz, por exemplo, que a aeronave pode ter sido atacada por colecionadores de arte, atraídos pelas obras, que tinham um valor de de mais de 1 milhão de dólares na época. Outra, por sua vez, afirma que caças soviéticos podem ter atacado a aeronave, tentando sumir com segredos militares supostamente presentes na carga do avião. Eles podiam estar interessados em esconder segredos do caça Mikoyan-Gurevich MiG-25 do desertor Viktor Belenko, que supostamente estaria desmontado e sendo levado aos Estados Unidos no porão de cargas do avião.
A hipótese mais plausível sugere, com a aeronave em nível de cruzeiro, houve uma despressurização lenta na cabine, que lentamente sufocou os pilotos. O avião, então, voo sozinho com o piloto automático por milhares de quilômetros, até o combustível se esgotar. O avião teria caído e afundado em algum lugar muito distante de onde as buscas foram feitas.
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Nenhuma teoria, entretanto, foi comprovada. E esse ainda é um dos maiores mistérios da aviação mundial.