Já se pegou olhando para um pacote de frango, acompanhando sua jornada da fazenda à geladeira, marcada por um resíduo gosmento pouco apetitoso? É tentador dar uma enxaguada, mas espere um momento!
Vamos direto ao ponto: frango cru e limpeza têm uma relação complicada. Você pode pensar que dar ao seu frango um banho rápido é fazer um favor, mas a ciência discorda. Já ouviu falar de Campylobacter e Salmonella? Eles não são as últimas bandas indie, mas sim bactérias notórias pegando carona no seu frango, prontas para estragar seu sistema digestivo com um show indesejado de intoxicação alimentar.
Agora, você deve estar se perguntando: “Mas lavar não se livra desses convidados indesejados?” Aqui está o problema: essas bactérias estão praticamente fazendo nado costas em lugares que você nem pensaria em verificar, como os intestinos do frango. E quando o frango encontra a faca no abatedouro, essas bactérias estão dando uma festa em seu jantar futuro.
Então, devemos lavar o frango antes de colocá-lo na frigideira ou no forno? “Não”, dizem os Centros de Controle e Prevenção de Doenças. Eles são bem claros: “O frango cru está pronto para cozinhar e não precisa de um banho pré-cozimento.” Cozinhar é como um segurança para o seu frango, expulsando quaisquer bactérias tentando se infiltrar.
Lavar o frango não é apenas desnecessário; é como convidar problemas para jantar. Imagine: cada respingo de água do frango está potencialmente decorando sua cozinha com um mural temático de bactérias. E se você já manuseou frango sem lavar as mãos depois, basicamente você é o artista por trás dessa obra-prima.
Acredite ou não, a saga de lavar frango é tão difundida que cientistas arregaçaram as mangas para desvendar isso. Ellen Shumaker da Universidade Estadual da Carolina do Norte e sua equipe estavam no caso. Eles se perguntaram: “Uma pequena educação sobre aves pode levar a cozinhas mais limpas e menos arte temática de bactérias?”
Seu experimento foi como um episódio culinário de CSI. Os participantes foram encarregados de fazer salada de frango, mas com uma reviravolta: o frango foi contaminado com E. coli inofensiva. Depois, a cozinha se transformou em uma cena de crime, com amostras coletadas para ver onde as bactérias deixaram sua marca. O veredito? Seja você do Time Lavar ou do Time Não Lavar, todos são suspeitos de espalhar bactérias se lavar as mãos não fizer parte da rotina.
Curiosamente, 35% dos culpados culinários confessaram dar uma enxaguada no frango, principalmente para se despedir de sangue e gosma, ou simplesmente porque “é assim que fazemos em nossa família”.
Então, aqui está o negócio: quando se trata de frango, talvez seja hora de quebrar algumas tradições familiares. Pule a enxaguada, economize água e deixe o cozimento fazer o trabalho pesado. Afinal, o único respingo sobre o qual deveríamos estar falando é o chiado do frango ao encontrar a panela.