Um recente vídeo de simulação gerou uma discussão intensa sobre os efeitos fisiológicos da técnica de interrogatório controversa conhecida como afogamento simulado. A demonstração ilustra vividamente por que esse método, que imita a sensação de afogamento, pode ser tão angustiante psicologicamente e fisicamente.
O afogamento simulado envolve imobilizar uma pessoa e cobrir seu rosto com um pano antes de despejar água sobre ele. À medida que a água entra na boca e no nariz, ela desencadeia a resposta natural do corpo ao afogamento. O sistema respiratório reage instintivamente, tentando expelir o líquido através da tosse e engasgos. No entanto, o pano impede essa expulsão, intensificando a sensação de sufocamento.
A técnica explora os instintos de sobrevivência do corpo humano. Quando a água entra nas vias aéreas, estimula terminações nervosas que sinalizam ao cérebro que o afogamento é iminente. Isso provoca uma resposta de pânico imediata e avassaladora, mesmo que a pessoa não esteja realmente em risco de se afogar.
A Dra. Emma Lawson, neurobiologista especializada em respostas ao estresse, explica: “A reação do cérebro ao afogamento simulado é primitiva e intensa. Ela supera o pensamento racional, tornando quase impossível para o sujeito resistir ou manter a compostura.”
O uso do afogamento simulado tem uma história complexa. Inicialmente desenvolvido como uma ferramenta de treinamento para preparar militares dos EUA para cenários de captura potencial, tornou-se controverso quando empregado como método de interrogatório.
Após os ataques de 11 de setembro de 2001, a técnica ganhou notoriedade por seu uso nos esforços de contraterrorismo dos EUA. James Mitchell, psicólogo envolvido no desenvolvimento de programas de interrogatório aprimorados, defendeu a prática, afirmando: “Pensei na minha obrigação moral de proteger vidas americanas contra o desconforto temporário de terroristas que pegaram em armas contra a América.”
No entanto, muitos especialistas e organizações condenaram o afogamento simulado como uma forma de tortura. O Dr. Marcus Chen, defensor dos direitos humanos, argumenta: “O trauma psicológico infligido pelo afogamento simulado pode ter efeitos duradouros nas vítimas, muito além do desconforto físico imediato.”
A recente simulação reacendeu debates sobre a ética e a eficácia de tais técnicas. Enquanto alguns argumentam por seu potencial de extrair informações críticas em circunstâncias extremas, outros afirmam que viola direitos humanos fundamentais e produz inteligência não confiável.