Um avião da Delta Airlines realizou um pouso de emergência no Aeroporto Internacional Toronto Pearson nesta segunda-feira (17 de fevereiro), após enfrentar condições climáticas extremas. De acordo com comunicado do aeroporto, o voo 4819, operado pela Endeavor Air e originário de Minneapolis, sofreu um “incidente durante o pouso”. As equipes de emergência foram acionadas imediatamente, e todas as 80 pessoas a bordo — entre passageiros e tripulantes — foram contabilizadas. Autoridades confirmaram que não houve mortes, mas pelo menos oito pessoas ficaram feridas. A gravidade dos ferimentos ainda não foi divulgada.
Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram a aeronave inclinada lateralmente sobre a pista, coberta por uma espessa camada de neve. A região de Toronto acumulou 23 centímetros de neve durante o fim de semana, o que exigiu esforços intensos para limpar as pistas antes da retomada das operações na segunda-feira. A Polícia Regional de Peel, responsável pela segurança do aeroporto, informou através da oficial Sarah Patten que a maioria dos passageiros já havia deixado o local sem ferimentos graves, mas as investigações continuavam para confirmar detalhes.
A Associação de Comissários de Voo (AFA-CWA), que representa parte da tripulação, emitiu um comunicado no X (antigo Twitter) pedindo que o público evitasse especulações enquanto as equipes trabalhavam para apoiar os envolvidos. “Nossas comissárias estavam a bordo deste voo, e os relatos iniciais indicam que não há fatalidades. Estamos em contato com a Delta para oferecer assistência”, disse a entidade.
O incidente chama atenção para os desafios de operações aéreas durante o inverno no Canadá, onde nevascas intensas são comuns. Embora os aeroportos da região estejam preparados para condições adversas, situações como essa destacam os riscos associados a pousos em meio a tempestades de neve. A Delta Airlines ainda não divulgou um pronunciamento oficial sobre as causas do acidente, mas a investigação preliminar deve considerar fatores como visibilidade reduzida, ventos fortes e o acúmulo de gelo na pista.
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— Bir Acayip Adam (@Tr19192) February 17, 2025
Este evento ocorre poucas semanas após um acidente aéreo grave envolvendo a American Airlines em Washington DC, no dia 29 de janeiro. Na ocasião, um avião comercial colidiu com um helicóptero militar Black Hawk durante a aproximação para o pouso no Aeroporto Ronald Reagan. A colisão resultou na morte de todas as 64 pessoas a bordo do avião e das três que estavam no helicóptero. Ambos os veículos caíram no rio Potomac, e as operações de resgate, inicialmente focadas em buscar sobreviventes, rapidamente se transformaram em uma missão de recuperação de corpos.
O voo fez um pouso de emergência em Toronto. (Twitter)
Dados do gravador de voo da aeronave da American Airlines (vo 5342) revelaram uma discrepância nas informações de altitude. Enquanto o avião registrava uma altitude de cerca de 99 metros (com margem de erro de 7,6 metros para mais ou menos), os dados da torre de controle indicavam que o helicóptero militar estava voando a aproximadamente 61 metros no momento da colisão. O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB) dos EUA continua analisando as informações para determinar as causas exatas do desastre.
No caso do voo da Delta em Toronto, as condições meteorológicas já estão sendo avaliadas como um fator relevante. O aeroporto havia interrompido parcialmente suas operações no domingo (16 de fevereiro) para remover a neve acumulada, retomando as atividades na segunda-feira após verificação das pistas. Apesar dos protocolos de segurança, eventos climáticos extremos continuam representando um desafio complexo para a aviação.
Enquanto as investigações prosseguem em ambos os casos, as autoridades reforçam a importância de aguardar conclusões oficiais antes de tirar quaisquer conclusões. No incidente de Toronto, a prioridade das equipes no local é garantir a segurança contínua dos passageiros, além de recolher evidências para entender as circunstâncias que levaram ao pouso de emergência.
