Vídeo assustador mostra chamas saindo do motor de um avião enquanto passageiros relatam ter enviado “mensagens de adeus”

por Lucas Rabello
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Passageiros a bordo de um voo da Condor Airlines, que decolou de Corfu, na Grécia, com destino a Düsseldorf, na Alemanha, viveram momentos de intenso pavor no sábado, 17 de agosto. A viagem rotineira se transformou em uma experiência aterradora quando um evento incomum envolveu um dos motores da aeronave em chamas, visível para aqueles que estavam tanto dentro quanto fora do avião.

O Boeing 757, transportando 273 passageiros e oito tripulantes, subiu normalmente. Aproximadamente vinte minutos após a decolagem, atingindo uma altitude de cerca de 11.000 metros, a aeronave começou a enfrentar uma interrupção no fluxo de ar de um de seus motores. Esse fenômeno técnico resultou em uma série de flashes e labaredas que jorravam do motor, criando uma visão assustadora contra o céu escuro.

Dentro da cabine, a situação era de caos e medo. A energia da aeronave falhou por alguns segundos, e os passageiros perceberam que o avião não continuava a subir. A sensação de que algo estava gravemente errado se espalhou rapidamente. O pânico tomou conta de muitos, que acreditaram estar vivendo seus últimos momentos. Vários enviaram mensagens de texto desesperadas para entes queridos, mensagens que soavam como despedidas finais.

Um passageiro relatou ter visto claramente as chamas saindo da asa direita do avião. Outro descreveu a experiência como incrivelmente horrível, confessando ter enviado mensagens de adeus por estar convencido de que o pior iria acontecer. Um vídeo, gravado do solo e posteriormente compartilhado nas redes sociais, capturou a cena alarmante. O motor parecia cuspir fogo em intervalos regulares, com explosões de luz que iluminavam brevemente a fuselagem. O barulho era descrito como sons altos e explosivos.

Apesar do cenário dramático, a equipe de voo estava no controle da situação. Seguindo protocolos de segurança rigorosos, os pilotos identificaram imediatamente o alerta no sistema da aeronave. Eles declararam emergência e iniciaram os procedimentos para um pouso imediato e seguro. Usando o motor restante, que funcionava perfeitamente, a aeronave foi desviada para o aeroporto mais próximo capaz de lidar com a emergência.

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O pouso de emergência aconteceu no Aeroporto de Brindisi, no sul da Itália. A aterrissagem ocorreu com sucesso apenas quinze minutos após o início do incidente, aproximadamente quarenta minutos após a decolagem original. Todos os passageiros e tripulantes desembarcaram pela rampa de forma normal e ordenada, sem ferimentos.

A Condor Airlines emitiu um comunicado para esclarecer o ocorrido. A empresa afirmou que os relatos da mídia sobre um motor em chamas eram incorretos. A explicação técnica foi mais complexa. O que aconteceu foi uma reação química, normalmente contida dentro da câmara de combustão do motor, que escapou para fora, causando uma chama visível na parte traseira do motor. A companhia reiterou que, apesar da aparência assustadora, a situação nunca representou um perigo real para a segurança da aeronave ou de seus ocupantes. O avião foi enviado para inspeção técnica completa.

O transtorno para os passageiros, no entanto, continuou em solo. A cidade de Brindisi não tinha capacidade hoteleira suficiente para acomodar todas as quase trezentas pessoas. A companhia aérea providenciou vouchers para alimentação, cobertores e organizou para que algumas lojas do aeroporto permanecessem abertas para fornecer suprimentos. Muitos passageiros precisaram passar a noite no saguão. Um outro avião da Condor foi enviado no mesmo dia para finalmente transportar todos os passageiros para seu destino original na Alemanha. A airline se desculpou pelo ocorrido e pelo inconveniente causado.

A aviação comercial é uma das formas de transporte mais seguras do mundo devido a uma cultura inflexível de segurança, redundância de sistemas e manutenção preditiva. As aeronaves são projetadas para continuar operando com segurança mesmo diante de falhas. No caso de uma pane em um motor, os jatos bimotores, como o Boeing 757, são meticulosamente testados e certificados para decolar, subir e cruzar com apenas um motor em funcionamento.

A potência do motor remanescente é mais que suficiente para manter a aeronave em voo nivelado e até mesmo para subir, embora em um ritmo mais lento. Os pilotos treinam exaustivamente para esse tipo de scenario em simuladores, aprendendo a gerenciar a aeronave de forma assimétrica e a realizar pousos de emergência com um único motor.

Em uma situação extremamente rara onde ambos os motores parem de funcionar, um avião não cai simplesmente do céu. Ele se transforma em um planador gigante. A forma aerodinâmica das asas continua a gerar sustentação. A habilidade crucial do piloto é manter uma velocidade específica, conhecida como velocidade de melhor planeio, que maximiza a distância que a aeronave pode percorrer sem energia dos motores. Com a altitude suficiente, um piloto pode planar por dezenas de quilômetros, navegando em direção a um aeroporto ou uma área plana adequada para um pouso de emergência.

Fundador do portal Mistérios do Mundo (2011). Escritor de ciência, mas cobrindo uma ampla variedade de assuntos. Ganhou o prêmio influenciador digital na categoria curiosidades.
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