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Veterinária alerta para raças “fofas” que, na verdade, sofrem muito com sua aparência

Leonardo Ambrosio

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Não é nenhuma novidade que, infelizmente, alguns animais de estimação foram totalmente “modificados” pela ação humana ao longo do tempo. É o caso de várias espécies de cães e gatos, que sofreram alterações genéticas (diretas ou indiretas) para melhor suprir nossas vontades e necessidades. E o fato é que em muitos casos essas alterações podem fazer muito mal para esses animais.

O perfil ‘Cat The Vet’, no TikTok, faz uma série de vídeos curtos explicando por que algumas espécies podem até parecer fofas mas, na verdade, elas podem sofrer bastante. E na lista de hoje, você vai conferir algumas das explicações que o perfil já deu na rede social.

Confira mais sobre “Cat the Vet” em seus perfis nas redes sociais: TikTok | Facebook | Instagram | Youtube

1. Scottish Fold

As orelhas desta raça de gato podem até parecer fofas por serem caídas. Porém, elas caem justamente porque a cartilagem desta parte do corpo é muito frágil nesta raça. Assim como as orelhas, infelizmente várias outras partes do corpo deste animal possuem cartilagens mais fracas que o normal, o que acaba levando a casos de artrite, o que causa muita dor ao bichinho.

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cat_the_vet , Mihai Matei

2. Cães com o rosto “achatado”.

“Esses cães têm personalidades incríveis e são animais de estimação maravilhosos, mas temos que falar sobre como eles sofrem com a sua aparência”.

Vários destes cães acabam sofrendo para respirar normalmente, pois suas narinas geralmente são muito pequenas. Seus rostos achatados fazem com que suas vias aéreas sejam muito comprometidas, o que afeta de forma gigantesca a qualidade de vida destes animais. Estes cãezinhos também podem sofrer muito com problemas de pele, como a coceira e o suor excessivo, sem falar nas feridas que podem acabar surgindo nas “dobrinhas”, que algumas pessoas até mesmo acham fofas.

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3. Munchkin.

“Esses gatos têm uma mutação genética que torna suas pernas muito curtas. Eu entendo por que as pessoas gostam deles, mas isso não muda o fato de que estamos deliberadamente criando gatos com uma mutação genética debilitante, só porque os achamos fofos”.

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4. Exotic Bully

Em um de seus vídeos, o perfil ‘Cat the Vet’ disse que, em resumo, o Exotic Bully é uma versão ainda mais cruel dos bulldogs, com seus rostos achatados e problemas de pele. De acordo com veterinários, estas espécies sofrem muito com dores no corpo e com quadros incuráveis de artrite. Esses cães lutam muito para conseguir andarnormalmente. “Não consigo entender por que alguém escolheria criar um cão que obviamente vai sofrer com sua aparência por toda a vida”, diz o perfil no TikTok. Em alguns países, a criação do Exotic Bully é até mesmo ilegal, já que as autoridades consideram esta prática como um tipo de tortura aos animais.

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5. Gatos com o rosto achatado.

Assim como os cães, algumas raças de gato também possuem seus rostos achatados por conta de mutações genéticas provocadas direta e indiretamente por nós, seres humanos. “Suas narinas minúsculas inevitavelmente fazem com que seja muito difícil respirar. Você pode ver como seus rostos são estreitos, comprimidos e achatados quando você os compara a um gato normal”, diz o perfil no TikTok.

Esses gatos também sofrem muito com problemas dentários, já que não há espaço suficiente em seu crânio para todos os dentes. O formato do crânio deste animais, na verdade, é bem deformado, o que também pode ocasionar problemas cerebrais graves – que alguns casos são fatais.

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6. Pequinês.

“Eles sofrem muito com a sua aparência. Seus crânios são muito achatados, o que significa que sofrem de todos os problemas das raças braquicefálicas, como problemas nos olhos, na respiração e nas dobras cutâneas”.

Quando você compara o esqueleto do pequinês com o de um cachorro “normal”, também podemos ver que eles sofrem com muitos problemas de mobilidade. Eles também podem ser mais vulneráveis às temperaturas elevadas, por conta de enorme pelagem – outro resultado das mutações genéticas.

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Leonardo Ambrosio tem 26 anos, é jornalista, vive em Capão da Canoa/RS e trabalha como redator em diversos projetos envolvendo ciências, tecnologia e curiosidades desde 2014.

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