A bandeira do Brasil é o principal símbolo do nosso país, e desde pequenos somos ensinados a respeitá-lo e a identificá-lo, bem como compreender suas simbologias. No entanto, nem sempre a nossa bandeira foi a que conhecemos – verde, amarela, azul e branca. Durante a nossa história, diferentes bandeiras passaram pelo solo brasileiro, desde a chegada dos portugueses até o presente momento.
Os portugueses chegaram ao Brasil em 1500, como resultado de uma das grandes navegações portuguesas, que já ocorriam desde meados de 1300. Naquela época, como o território brasileiro pertencia ao que se conhece como “América Portuguesa”, o Brasil (que estava longe de ter esse nome ainda) não tinha uma bandeira própria.
A única bandeira que tremulava em nosso território no começo da exploração era a da “Ordem de Cristo”, associação que estava por trás das grandes navegações e sempre acompanhava as embarcações portuguesas.

Mas a bandeira da Ordem de Cristo não era a única presente nas embarcações do Império Português, já que ele também era ocupado por mastros que portavam a Bandeira Real, que existiu entre os anos de 1500 e 1521. Podemos dizer, desta forma, que durante algum período esta também foi uma das bandeiras que esteve presente em nosso território.

Durante momentos cruciais da nossa história, como as capitanias hereditárias, a criação dos Governos Gerais e a própria colonização, a bandeira utilizada era a “Bandeira de Dom João III”, que vigorou de 1521 e 1616.

Entre 1616 e 1640, no entanto, Portugal sofreu a influência da dominação dos espanhóis, e teve como símbolo máximo a bandeira criada pelo chamado “Rei da Espanha e Portugal”, Felipe II (ou Felipe III, na Espanha).

A partir de 1640, com a libertação de Portugal, até 1656, a bandeira mais utilizada no território brasileiro foi a “Bandeira da Restauração”, que apenas em poucos detalhes se diferenciava da Bandeira de Dom João III.

A primeira bandeira que de fato se referia ao Brasil por este nome foi a ‘Bandeira do Principado do Brasil’, que vigorou entre 1645 e 1816, e seguiu a indicação de Teodósio como “Príncipe do Brasil”, por seu pai D. João IV. A partir de então, nosso território passou a ser reconhecido como um principado pertencente a Portugal.

Durante as expedições bandeirantes, foi incluída a cor verde em nossa bandeira, que era conhecida como “Bandeira de D. Pedro II”, e vigorou entre 1683 e 1706. Note que até hoje esta cor permanece em nossa bandeira.

Em 1808, com a chegada da família real, o Brasil deixou de ser um principado, e ganhou o status de ‘Reino Unido’, fazendo com que em 1816 nossa bandeira novamente mudasse.

Quando Portugal deixou de ser uma monarquia absoluta, nosso país viu-se inserido em um Regime Constitucional, o que fez com que o Brasil novamente trocasse de bandeira, para aquela que inclusive esteve presente no famoso Grito do Ipiranga, em 7 de setembro de 1822. Esta bandeira vigorou somente entre os anos de 1821 e 1822.

Entre 1822 e 1889, vigorou o Império do Brasil, e com ele surgiu mais uma bandeira em nossa história. Agora, já bastante semelhante com a bandeira que temos atualmente, porém ainda com traços em referência a Portugal.

Em 1889, o Brasil tornou-se uma república, e finalmente chegou aos dois últimos modelos de sua bandeira. Inicialmente, foi instituída a “Bandeira Provisória da República”, que esteve vigente entre 15 e 19 de novembro de 1889. Depois disso, chegamos à bandeira que até hoje é o símbolo máximo do nosso país.

