A percepção tradicional sobre festas de despedida de solteiro e solteira pode precisar de uma revisão significativa, segundo o stripper australiano Nath Wyld, que compartilhou suas experiências em entrevista ao site News.com.au sobre os comportamentos que ele observou nessas celebrações pré-casamento.
Trabalhando na indústria de entretenimento adulto, Wyld presenciou tendências preocupantes que desafiam as suposições comuns sobre comportamentos baseados em gênero nesses eventos. Seu relato mais impressionante envolve uma festa de despedida de solteira em outro estado, onde a infidelidade se tornou uma atividade coletiva, acompanhada de um pacto de silêncio: “Uma vez, fiz uma festa em que viajei para outro estado, e todas as mulheres da despedida de solteira traíram seus parceiros. Foi tão louco, e elas fizeram um pacto de que nunca falariam sobre isso novamente.”
Nath Wyld disse que múltiplas traições em uma despedida de solteira não são incomuns (Instagram / @nath_wyld)
Embora esse caso extremo não seja a norma, a experiência profissional de Wyld sugere que a infidelidade ocorre em cerca de uma a cada dez festas que ele participa. Ele, no entanto, aponta que esses números podem ser ainda maiores, já que algumas participantes podem esconder seu status de relacionamento. “Muitas mulheres tendem a dormir com strippers em geral, e elas podem não contar que estão traindo seus parceiros com você”, explica.
A ideia predominante de que os homens se comportam de maneira mais inadequada durante despedidas de solteiro não condiz com as observações de Wyld. Sua experiência mostrou padrões surpreendentes de comportamento feminino durante essas celebrações, especialmente em ambientes exclusivamente femininos. “A narrativa sempre é de que os homens são os piores e que eles erram mais, especialmente em despedidas de solteiro, mas o que me chocou foi que as mulheres não são diferentes”, compartilha.
O stripper afirmou que as mulheres podem ser piores que os homens quando se trata de mau comportamento.
Mais preocupante ainda, de acordo com Wyld, é a possibilidade de que as mulheres tomem riscos maiores nessas situações, operando sob a suposição de que têm menos chances de enfrentar consequências. “As mulheres são iguais nesse tipo de ambiente, quando não há homens por perto, e elas fazem as mesmas coisas. Elas provavelmente assumem mais riscos porque acham que podem escapar sem serem descobertas por serem mulheres”, afirma.
Apesar dessas observações em sua vida profissional, Wyld garante que essas experiências não impactaram negativamente sua visão pessoal sobre relacionamentos. Ele destaca a importância da confiança nos relacionamentos amorosos, sugerindo que os comportamentos observados durante essas festas de despedida, embora preocupantes, não refletem necessariamente a realidade mais ampla dos relacionamentos.
Essa perspectiva interna da indústria de entretenimento adulto oferece uma visão incomum sobre as dinâmicas das celebrações pré-casamento, desafiando suposições estabelecidas sobre os padrões de comportamento baseados em gênero nesses eventos. Além disso, levanta questões sobre a natureza dessas tradições e como elas podem influenciar o comportamento dos(as) participantes, independentemente do gênero.
