O ator Eric Dane, conhecido por seus papéis em “Grey’s Anatomy” e “Euphoria”, revelou recentemente seu diagnóstico de esclerose lateral amiotrófica (ELA), uma doença rara do sistema nervoso que ainda é pouco compreendida pelo público. A notícia chamou atenção não apenas pelo impacto na vida do artista, mas também por reacender discussões sobre uma condição que, há alguns anos, ganhou destaque com o desafio do balde de gelo — campanha que viralizou nas redes sociais para arrecadar fundos e conscientizar sobre a ELA.
Eric Dane, de 51 anos, compartilhou o diagnóstico em uma entrevista à revista People, destacando que continuará trabalhando. “Fui diagnosticado com ELA. Sou grato por ter minha família ao meu lado enquanto enfrentamos este novo capítulo. Tenho sorte de poder continuar atuando e estou animado para voltar às gravações de ‘Euphoria’ na próxima semana”, afirmou. O ator, que interpretou o icônico Dr. Mark Sloan (apelidado de “McSteamy”) em “Grey’s Anatomy”, está programado para filmar a nova temporada da série adolescente da HBO em breve.
A ELA é uma doença neurodegenerativa progressiva que afeta os neurônios responsáveis pelo controle dos movimentos voluntários, como caminhar, falar e engolir. Conforme as células nervosas morrem, os músculos enfraquecem, levando à perda gradual de funções motoras. A condição, também chamada de doença de Lou Gehrig — em homenagem a um jogador de beisebol americano diagnosticado nos anos 1930 —, ainda não tem cura, e sua causa exata permanece desconhecida. Fatores como sexo masculino e histórico genético podem aumentar o risco, mas a maioria dos casos surge aleatoriamente.

Eric Dane falou abertamente sobre seu diagnóstico
Os sintomas iniciais variam: alguns pacientes percebem dificuldade para segurar objetos ou tropeços frequentes, enquanto outros notam alterações na fala ou engasgos ao comer. Com o tempo, a fraqueza muscular se espalha, afetando até a capacidade de respirar. A clínica Mayo explica que cãibras, espasmos involuntários (especialmente nos braços, ombros e língua) e mudanças repentinas de humor — como risos ou choro sem motivo aparente — também são sinais comuns. A progressão da doença é imprevisível, mas, em média, os pacientes vivem de três a cinco anos após o diagnóstico.
A revelação de Dane ocorre semanas após sua esposa, a atriz Rebecca Gayheart, ter pedido para cancelar o processo de divórcio iniciado em 2018. O casal, que se casou em 2004, tem duas filhas: Billie Beatrice, 15 anos, e Georgia Geraldine, 13. A decisão de Rebecca em interromper a separação sugere uma reconciliação em meio ao desafio de saúde do marido.
A história de Eric Dane não é a primeira envolvendo a ELA a ganhar os holofotes. Em 2023, Bryan Randall, parceiro da atriz Sandra Bullock, faleceu após três anos lutando contra a doença em sigilo. Casos como esses lembram a importância de manter o assunto em pauta, mesmo após o auge do desafio do balde de gelo, que arrecadou mais de US$ 220 milhões globalmente entre 2014 e 2015.
Nas redes sociais, fãs do ator demonstraram apoio. No X (antigo Twitter), um usuário escreveu: “O diagnóstico de Eric Dane estragou minha semana…”. Outro comentou: “Estou arrasado. Enviando forças para ele e todos que o amam”. A referência a “McSteamy”, apelido carinhoso de seu personagem em “Grey’s Anatomy”, também surgiu nas mensagens, mostrando como o trabalho do ator marcou o público.
Enquanto Eric Dane se prepara para enfrentar a doença, sua coragem em dividir a notícia publicamente ajuda a ampliar a conscientização sobre a ELA. A exposição de casos famosos contribui para que mais pessoas entendam a urgência de investir em pesquisas — e, quem sabe, um dia encontrar tratamentos eficazes. Por enquanto, o foco segue sendo a qualidade de vida dos pacientes e o apoio às famílias, que precisam de recursos e informações claras para lidar com os desafios diários da condição.