Rússia estaria se preparando para invadir outro país, segundo alerta grave de especialista Rússia estaria se preparando para invadir outro país, segundo alerta grave de especialista

por Lucas Rabello
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Enquanto o mundo observa com preocupação o prolongado conflito entre Rússia e Ucrânia, iniciado em fevereiro de 2022, uma nova análise de inteligência dos Estados Unidos acende um sinal de alerta sobre as ambições do Kremlin.

Rebekah Koffler, especialista em inteligência militar com foco no pensamento do presidente russo, Vladimir Putin, e na estratégia militar russa, afirma que Moscou já estaria se preparando para uma nova campanha militar ofensiva, possivelmente dentro de poucos anos.

Koffler, cuja análise foi publicada no jornal britânico The Telegraph, concorda com avaliações anteriores sobre a capacidade e disposição russa para novos movimentos expansionistas. Ela reforça a ideia de que o Kremlin não demonstra interesse genuíno em um cessar-fogo duradouro na Ucrânia neste momento. Em vez disso, a atenção estaria voltada para o próximo passo.

A especialista avalia que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) pode não ser o alvo imediato seguinte, a menos que a aliança decida intervir diretamente na Ucrânia com o envio de tropas de combate.

Contudo, Koffler destaca que as ações – ou a falta delas – tomadas pela OTAN nos próximos anos serão cruciais. Ela aponta especificamente para a possibilidade de Putin mirar outro país que integrou a antiga União Soviética: a Moldávia. A nação, localizada a oeste da Ucrânia, é vista como particularmente vulnerável neste cenário geopolítico tenso.

Enquanto isso, a guerra na Ucrânia segue seu curso devastador. No domingo, 27 de julho, a região nordeste de Sumy foi alvo de novos ataques russos com drones e mísseis.

Os bombardeios resultaram em pelo menos quatro civis feridos, mais um capítulo trágico na rotina de violência que assola o país. Do outro lado, autoridades russas relataram ter interceptado 50 drones ucranianos, com ataques perto da cidade de São Petersburgo causando uma morte e três feridos.

A situação continua a gerar forte reação internacional. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressou publicamente sua insatisfação com Putin. Em declarações feitas na segunda-feira, 28 de julho, ao lado do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, no hotel Turnberry, na Escócia, Trump afirmou estar “muito decepcionado” com o líder russo. Ele criticou veementemente os contínuos lançamentos de mísseis contra alvos civis, citando especificamente cenas de destruição em cidades como Kiev.

Trump mencionou tentativas repetidas de se chegar a um acordo de paz, frustradas por novas ações militares russas. Ele descreveu cenas de corpos nas ruas após ataques, inclusive contra locais como asilos, enfatizando que tais métodos são inaceitáveis.

O presidente americano reiterou que a Rússia enfrentará sanções adicionais caso não avance em direção à paz, ajustando um prazo anteriormente estabelecido em 50 dias para agora “10 ou 12 dias” para que Putin entre em negociações sérias.

O encontro entre Trump e Starmer, ocorrido na segunda-feira, teve a guerra na Ucrânia e o conflito em Gaza como temas centrais das discussões. A pressão internacional sobre a Rússia permanece alta, mas a análise de Koffler sugere que, por trás da fachada das negociações e sanções, Putin estaria traçando planos que podem ameaçar ainda mais a estabilidade da Europa Oriental, com a Moldávia surgindo como um ponto de preocupação específico para os analistas de segurança.

O temor é que o conflito ucraniano seja apenas o primeiro ato de uma estratégia russa mais ampla de reafirmação de influência na região.

Fundador do portal Mistérios do Mundo (2011). Escritor de ciência, mas cobrindo uma ampla variedade de assuntos. Ganhou o prêmio influenciador digital na categoria curiosidades.
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