Um incidente grave marcou a noite desta quarta-feira, 13, quando Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiü França, realizou um ataque com explosivos ao Supremo Tribunal Federal (STF). O atacante, que havia sido candidato a vereador pelo PL em Rio do Sul, Santa Catarina, em 2020, faleceu no local após arremessar o segundo dispositivo contra a estátua da Justiça.
As autoridades do Distrito Federal confirmaram que Francisco também era o proprietário de um veículo carregado com fogos de artifício que explodiu no estacionamento entre o edifício principal da Corte e o Anexo IV da Câmara dos Deputados.
As investigações revelaram que o ataque foi meticulosamente planejado. Em suas redes sociais, Francisco havia feito ameaças explícitas, estabelecendo um prazo de 72 horas para que a Polícia Federal “desarmasse bombas” supostamente plantadas nas residências de figuras públicas, incluindo William Bonner, José Sarney, Geraldo Alckmin e Fernando Henrique Cardoso. “Cuidado ao abrir gavetas, armário, estantes, depósito de matérias etc”, escreveu ele, estabelecendo um período entre 13/11/2024 e 16/11/2024.
Um detalhe perturbador da investigação mostrou que o atacante havia visitado o STF em 24 de agosto de 2024. Na ocasião, ele fez publicações enigmáticas em suas redes sociais, incluindo a frase “deixaram a raposa entrar no galinheiro” e uma citação bíblica de Provérbios 16:18: “A soberba procede a queda”, aparentemente fazendo referência à sua presença no plenário do tribunal.
O incidente gerou uma mobilização imediata das forças de segurança e levantou questões sobre os protocolos de segurança nas instituições públicas brasileiras. As investigações continuam em andamento para determinar se havia outros envolvidos no planejamento do ataque e para avaliar possíveis falhas nos sistemas de proteção do STF.