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Homens ou mulheres? Quem consegue esconder melhor uma traição?

Homens ou mulheres? Quem consegue esconder melhor uma traição?

Quem sabe trair melhor, o homem ou a mulher? De acordo com uma pesquisa realizada pela University of Western Australia, pelo menos no que diz respeito a saber esconder a traição, os homens levam a pior.

Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores reuniram um grupo de 1500 pessoas heterossexuais, que receberam fotografias de 101 homens e 88 mulheres que haviam auto-relatado previamente se haviam ou não cometido casos de infidelidade.

Os participantes do estudo foram então convidados a tentar descobrir quais daquelas pessoas havia sido infiel nos últimos tempos, apenas observando suas faces. E os resultados mostraram que, entre as faces masculinas, os participantes tiveram sucesso em 14-18% das vezes. Já analisando os rostos femininos, o sucesso caiu para 0,9-4%, um valor significativamente menor.

“Nós descobrimos que homens e mulheres demonstram precisão no julgamento das faces masculinas, mas não nas femininas. Isso sugere que é o sexo que está em jogo, e não a pessoa que está julgando”, escreveram os autores do estudo.

Uma das hipóteses levantadas pelos pesquisadores é de que rostos mais “masculinos” podem indicar uma personalidade ligada a relacionamentos mais curtos e fluidos, ou uma tendência maior à infidelidade. Por outro lado, traços mais femininos indicariam justamente o contrário, de acordo com a hipótese.

Entretanto, apesar da pesquisa levantar uma questão interessante sobre a forma como julgamos a personalidade das pessoas a partir de seus aspectos físicos, os próprios pesquisadores afirmam que seus resultados não querem dizer que podemos afirmar se alguém é fiel ou não apenas a partir de suas faces.

“Se formos depender apenas das primeiras impressões para detectar traidores e infiéis, então vamos cometer muitos erros. Nossos resultados não devem ser interpretados no sentido de que as primeiras impressões podem ser usadas em qualquer situação do dia a dia”, disse Yong Zhi Foo, um dos autores do estudo, à AFP.