Inserir roupas de ginástica suadas e halteres pesados na rotina diária pode não ser uma perspectiva empolgante para todos. Felizmente, um novo estudo da Edith Cowan University (ECU) chega para destacar a frequência ideal de exercícios, talvez para se encaixar perfeitamente até nas agendas mais ocupadas.
Imagine isso: você está segurando um peso, com os braços dobrados, e então abaixa lentamente esse peso até que seus braços estejam retos. Isso é uma contração excêntrica máxima de bíceps de três segundos. Pesquisas da ECU demonstraram melhorias significativas na força muscular ao realizar essa ação diariamente, cinco dias por semana (segunda – sexta), por um mês.
Em um estudo recente, os pesquisadores se aventuraram para desvendar ainda mais o mistério da frequência do exercício. Os participantes foram divididos em dois grupos: um realizou a contração de bíceps mencionada acima dois dias por semana, enquanto o outro grupo se comprometeu com três dias. Depois de uma jornada de quatro semanas, os pesquisadores compararam a força do bíceps dos participantes.
O grupo de dois dias permaneceu praticamente inalterado. No entanto, surgiu um vislumbre de esperança para o grupo de três dias, que presenciou um aumento leve, mas significativo, na força concêntrica (2,5%) e na força excêntrica (3,9%).
Três é bom, mas cinco é melhor: o impacto da frequência dos exercícios
O líder do estudo, Professor Ken Nosaka, comentou: “Agora, temos uma ideia mais clara de onde está o ponto de inflexão em que você começa a ver benefícios significativos com um exercício tão mínimo.”
Mas, antes de marcar esses três dias de treino, a trama se intensifica. Acontece que a cadência de cinco dias por semana é superior, com os participantes testemunhando melhorias na força de mais de 10% — superando o grupo de três dias.
Dito isso, o professor Nosaka rapidamente dissipou a noção de que treinos intermináveis geram resultados ilimitados. Ele ressaltou: “As adaptações musculares ocorrem quando estamos descansando, então os músculos precisam de descanso para melhorar sua força e sua massa muscular.”
Embora três segundos de exercício possam parecer insignificantes, o valor está em sua frequência. “Os músculos parecem gostar de ser estimulados com mais frequência, especialmente para o pequeno volume de exercício de fortalecimento muscular”, ele acrescentou.
No entanto, o professor adverte que essas descobertas podem não se aplicar a todos os tipos e volumes de exercícios. Por exemplo, este princípio pode não se traduzir em um treinamento cardiovascular eficaz ou em treinos de academia mais substanciais. Ainda assim, sugere que a consistência, em vez da intensidade, pode ser a chave para uma melhor forma física e saúde.
Resumindo este fascinante estudo, o professor Nosaka destacou o impacto de doses regulares, embora pequenas, de exercício em nossos corpos. Mas lembre-se, enquanto aguardamos ansiosamente mais pesquisas para confirmar essas descobertas, qualquer quantidade de exercício que você conseguir inserir em sua agenda fará diferença.