Os anos 1970 foram marcados por uma onda de fascínio pelo desconhecido. A “Era de Aquário” trouxe um interesse sem precedentes por espiritualidade alternativa e fenômenos psíquicos. Curiosamente, essa tendência não passou despercebida pelos corredores do poder. Agências governamentais dos Estados Unidos, incluindo a CIA, decidiram explorar o potencial prático de habilidades como a clarividência.
Foi nesse contexto incomum que surgiu o Projeto Stargate, uma iniciativa secreta que recrutou civis com supostos dons paranormais para tarefas de inteligência.
Entre esses recrutas estava Ingo Swann, nascido no Colorado em 1933. Conhecido por suas habilidades em uma técnica chamada “visão remota” – a capacidade de descrever locais e eventos distantes usando apenas a mente –, Swann foi convocado para um programa ultrassecreto. Ele jurou guardar silêncio absoluto sobre suas missões, que envolviam experiências psíquicas intensas e relatos detalhados ao governo.
Em fevereiro de 1975, um telefonema de Washington D.C. mudou sua vida. Swann atendeu ao chamado e encontrou-se com um agente identificado apenas como “Sr. Axelrod”. O encontro foi direto ao ponto e envolveu procedimentos dignos de filme de espionagem: uma bolsa foi colocada sobre sua cabeça e ele foi levado de helicóptero para uma base subterrânea, sua localização desconhecida.
Lá, a ordem dada a Swann foi direta e extraordinária: “Queremos que você vá à Lua por nós e descreva o que ver”. Aceitando o desafio, Swann entrou em um estado de concentração profunda, projetando sua consciência rumo ao lado oculto da Lua, a face permanentemente voltada para longe da Terra, a cerca de 383.000 quilômetros de distância.
O que ele alegou ter visto em sua visão remota foi nada menos que chocante. Ele descreveu uma paisagem lunar transformada, muito diferente da superfície árida e desolada conhecida pelas missões Apollo. Sua mente capturou imagens de estruturas complexas: torres imponentes erguendo-se na escuridão do vácuo espacial, maquinaria cujo propósito ele não podia decifrar e luzes brilhando em várias cores, iluminando a noite perpétua.
Havia edifícios de formas estranhas e não familiares, além de pontes que pareciam desafiar a lógica em um ambiente sem atmosfera ou água corrente. Numerosas cúpulas de diferentes tamanhos pontilhavam a paisagem.
Mas o mais impressionante foram os habitantes. Swann relatou a presença de seres alienígenas. Eles não usavam roupas e, segundo sua percepção, todos pareciam ser do sexo masculino. Esses seres estavam ocupados, aparentemente envolvidos em atividades de mineração nas crateras lunares.
Foi durante essa observação psíquica que algo perturbador ocorreu: dois desses seres, de repente, olharam diretamente para cima, na direção da consciência projetada de Swann. Ele escreveu: “Dois deles apontaram na minha direção. Como eles poderiam fazer isso… a menos que… eles também tenham algum tipo de percepção psíquica avançada?”.
De volta à base subterrânea na Terra, Swann compartilhou suas visões impressionantes com o Sr. Axelrod. Impressionado e perturbado pelo que vira, Swann fez uma pergunta crucial ao agente: os Estados Unidos já haviam entrado em contato com essa força de vida alienígena? Baseado na sensação que teve durante a experiência e na própria natureza sigilosa do uso de visão remota para investigar o local, Swann arriscou: “De alguma forma, eles disseram a vocês para ficarem longe. É por isso que vocês estão recorrendo às percepções psíquicas. Eles não são amigáveis, são?”.
A resposta de Axelrod, conforme registrado por Swann em seu livro “Penetração: A Questão da Telepatia Extraterrestre e Humana”, publicado em 1998 após o término de seu período de sigilo, foi enigmática e lacônica. O agente teria dito que a suposição de Swann estava “aproximadamente correta… mas não completamente”. Swann levou seu segredo por muitos anos, falecendo em 2013, enquanto as alegações extraordinárias de sua jornada psíquica ao lado oculto da Lua continuam a alimentar debates e especulações sobre o que realmente pode existir além da nossa visão direta.
Apesar das alegações fascinantes de Swann, é importante lembrar que não há evidências científicas concretas que sustentem a existência de estruturas alienígenas na Lua ou a eficácia da visão remota. A comunidade científica considera a visão remota como pseudociência, e todas as missões lunares, incluindo imagens de satélite, nunca revelaram sinais de civilizações ou construções artificiais no lado oculto da Lua. Até hoje, o relato de Swann permanece como uma curiosidade histórica, sem comprovação além de seu próprio testemunho.