Terminar um relacionamento nunca é fácil, mas quando a causa é uma traição, a dor pode ser ainda mais intensa. Seja uma noite que passou dos limites, um encontro secreto com um ex ou um caso com alguém do trabalho, a infidelidade costuma deixar marcas profundas.
E, embora traições possam acontecer em qualquer contexto, há profissões que parecem facilitar esse comportamento. A especialista em relacionamentos Tracey Cox revelou cinco carreiras onde o risco de alguém ser infiel é maior — e a lista pode surpreender (ou não, dependendo da sua experiência com ex-parceiros).
Pilotos e tripulação de voo
Pilotos e comissários de bordo lideram a lista dos mais propensos à infidelidade, segundo Tracey Cox. A rotina intensa de viagens internacionais, longe de casa e do parceiro, cria um cenário cheio de oportunidades para aventuras fora do relacionamento.
A combinação de tempo livre em hotéis, a atmosfera descontraída das escalas e a baixa probabilidade de serem pegos — afinal, estão literalmente a quilômetros de distância — contribuem para que a tentação seja maior. Além disso, a cultura de trabalho em equipe e a convivência próxima durante os voos podem aproximar colegas de maneira inesperada.
Médicos e enfermeiros
Profissionais da área médica enfrentam jornadas exaustivas, altos níveis de estresse e plantões intermináveis. Essa combinação explosiva, somada à falta de sono e à pressão constante, pode levar a decisões impulsivas — incluindo casos extraconjugais.
Tracey Cox também destaca o “complexo de Deus”, comum entre médicos mais experientes: quanto maior a autoconfiança e o status na carreira, maior a tendência de acreditar que as regras não se aplicam a eles. Enfermeiros, por sua vez, muitas vezes buscam apoio emocional em colegas que entendem a rotina caótica dos hospitais, o que pode evoluir para algo mais íntimo.
Empreendedores
Donos de negócios ou startups estão acostumados a controlar cada aspecto de suas empresas — e, segundo a especialista, essa mentalidade pode se estender à vida amorosa. Empreendedores tendem a ser mais assertivos, independentes e avessos a rotinas previsíveis, o que os leva a buscar emoções novas, inclusive em relacionamentos paralelos.
A natureza desregrada da carreira, com viagens frequentes e eventos de networking, também oferece chances para conhecer pessoas fora do círculo habitual.
Profissionais de finanças (bancários, investidores, traders)
O mundo das finanças é conhecido por sua competitividade implacável e pela cultura de “ganhar a qualquer custo”. Funcionários de bancos, traders e gestores de investimentos estão habituados a tomar decisões arriscadas e a burlar regras para atingir metas — e esse comportamento, segundo Cox, pode se refletir na vida pessoal.
A combinação de longas horas no escritório, jantares corporativos e uma atmosfera de alta pressão cria situações onde a infidelidade pode parecer apenas mais um “jogo” a ser vencido.
Professores
Quem diria que professores estariam nesta lista? Apesar da imagem de responsabilidade e dedicação, a carreira docente está longe de ser tranquila. Burnout, frustração com a falta de reconhecimento e a rotina desgastante em sala de aula são fatores que podem minar a satisfação no relacionamento. Muitos professores também sentem que seus parceiros não compreendem as particularidades do trabalho — como lidar com pais exigentes ou alunos desafiadores —, o que os leva a buscar conexão emocional (ou física) com colegas que vivem realidades semelhantes.
Por que essas profissões?
Tracey Cox explica que, embora nenhuma carreira justifique trair, certos fatores aumentam o risco: exposição a situações de estresse, convívio próximo com colegas, viagens frequentes e uma cultura que normaliza comportamentos éticos questionáveis.
A combinação de oportunidade, motivação e justificativas internas (“mereço isso pelo meu sacrifício no trabalho”) cria o cenário perfeito para decisões impulsivas. Claro, isso não significa que todo piloto, médico ou professor será infiel — mas, estatisticamente, essas profissões aparecem com mais frequência em casos de traição.