Vivenciar uma “vibração fantasma”, onde indivíduos acreditam que seu celular vibrou ou tocou apenas para descobrir que não há novas notificações, é um fenômeno comum indicando um profundo apego aos dispositivos móveis. Esse ocorrido, familiar a muitas pessoas, foi comprovado por um novo estudo da Universidade de Michigan, que revela que mais de 80% dos estudantes pesquisados encontraram tais incidentes. A frequência dessas experiências, especialmente se ocorrem mais de uma vez por dia, pode significar uma dependência psicológica dos celulares.
A pesquisa, detalhada na revista Computers in Human Behavior, examina o hábito pervasivo de indivíduos preenchendo momentos de ócio ao se engajarem com seus celulares. O estudo observa comportamentos como interromper conversas para verificar telefones e a compulsão de dar uma olhada no dispositivo em momentos de inatividade, como ficar em fila ou ao chegar a um destino. Esse comportamento mostra a crescente preocupação entre especialistas sobre o potencial para o vício em celulares, um tópico ainda em debate dentro da comunidade científica.
Vícios, caracterizados pela busca compulsiva de um estímulo gratificante apesar de resultados adversos, levam indivíduos a se tornarem altamente sintonizados com sinais associados às suas recompensas desejadas, muitas vezes percebendo-os de forma onipresente. O estudo de Michigan utiliza dados de pesquisas anteriores destacando os problemas decorrentes do uso excessivo de celulares e avalia a dependência psicológica dos participantes por meio de uma pesquisa online envolvendo mais de 750 estudantes.
Os resultados dessta nova pesquisa indicam uma correlação entre pontuações mais altas de dependência de dispositivos como celulares e aumento do uso do dispositivo para elevação emocional, irritação quando incapaz de usar o dispositivo e pensamentos persistentes sobre o dispositivo quando não está acessível. Esses indivíduos relataram encontros mais frequentes com “vibrações fantasmas”, iluminando a extensão da dependência de celulares e suas implicações nas interações sociais e na vida cotidiana.
