A sensação peculiar que muitas pessoas experimentam ao comer abacaxi tem sido um tema de curiosidade por muito tempo. Enquanto alguns podem atribuí-la a uma alergia ou a uma fruta estragada, a realidade é bem mais intrigante.
O vídeo em questão mostra imagens microscópicas de uma amostra de abacaxi, revelando a presença de estruturas chamadas ráfides. O narrador explicava: “É porque estamos sendo perfurados por milhares de pequenas agulhas chamadas ráfides! Esses cristais de oxalato de cálcio fazem pequenos furos nas membranas das células, causando irritação!”
Essa explicação desencadeou uma onda de comentários nas redes sociais. Um usuário expressou surpresa: “Esse tempo todo eu pensei que era porque eu era levemente alérgico”. Outro comentou com humor: “Então, basicamente, enquanto estou comendo meu abacaxi, meu abacaxi está me comendo…”.
A reação das pessoas variou consideravelmente. Enquanto alguns ficaram intrigados, outros expressaram certo desconforto com a ideia. Um comentário dizia: “Nunca mais vou comer abacaxi, cara”. Por outro lado, houve quem demonstrasse indiferença: “Eu não sinto formigamento depois de comer abacaxi. Eu sou… melhor que todo mundo?”
@sf_microscopy One of my favorite fruits is pineapple, but every time I eat them, my mouth tingles. I read that the fruit contains raphides! Kiwis, grapes, taro, and yams also have large amounts of these crystals. These needles serve as a defensive function against insect herbivors to deter them from eating the plant’s fruits and protect the seeds. The needles work with other chemcial substances, like bromelain in the pineapple, to amplify the effects. #microscope #microbiology #underthemicroscope #microscopy #microcosmos #nature #pineapple #crystals #fyp #fypage #fypシ
O abacaxi contém estruturas microscópicas chamadas ráfides, que são cristais em forma de agulha de oxalato de cálcio. Essas formações minúsculas podem causar uma sensação de formigamento ou dormência na boca quando consumidas. No entanto, é importante notar que as ráfides não são grandes ou fortes o suficiente para causar qualquer dano significativo à cavidade oral.
A acidez da fruta também desempenha um papel nessa sensação única. O suco de abacaxi é naturalmente ácido e, quando combinado com as abrasões microscópicas causadas pelas ráfides, pode intensificar o efeito de formigamento. Essa combinação permite que o suco ácido interaja mais diretamente com os tecidos sensíveis da boca.
Outro fator que contribui para a experiência do abacaxi é um grupo de enzimas chamado bromelina. Essas enzimas têm a capacidade de quebrar proteínas, por isso o suco de abacaxi é às vezes usado como amaciante de carne. Quando a bromelina entra em contato com as proteínas em nossas bocas, pode criar uma sensação temporária de dormência.
A bromelina também possui propriedades mucolíticas, o que significa que pode quebrar parte do muco protetor na nossa saliva. Esse enfraquecimento de nossas defesas naturais permite que o suco ácido de abacaxi tenha um efeito mais pronunciado no revestimento da cavidade oral.
Vale a pena notar que a intensidade dessas sensações pode variar de pessoa para pessoa. Alguns indivíduos podem experimentar um forte efeito de formigamento ou dormência, enquanto outros podem mal notar. Essa variação pode ser devido a diferenças na sensibilidade individual ou às características específicas do abacaxi consumido.
Para aqueles que acham a sensação desagradável, mas ainda querem desfrutar do abacaxi, existem alternativas. O abacaxi em conserva, por exemplo, passa por um tratamento térmico durante o processamento, que destrói muitas das enzimas responsáveis pelo efeito de formigamento. Isso pode resultar em uma sensação mais suave em comparação com o abacaxi fresco.
Apesar da experiência sensorial incomum, o abacaxi continua sendo uma fruta popular e nutritiva. É rico em vitamina C, manganês e antioxidantes, tornando-o uma adição saudável a muitas dietas. A combinação única de ráfides, acidez e enzimas no abacaxi cria uma interação complexa de sensações que continua a fascinar entusiastas da gastronomia e cientistas.