Se você, assim como muitos de nós, tem se perguntado sobre o calorão atípico que estamos enfrentando, mesmo estando tão perto do fim do inverno, você veio ao lugar certo.
O que está acontecendo com o clima?
Primeiramente, é essencial destacar que, apesar de estarmos a apenas uma semana do fim do inverno no hemisfério sul, as temperaturas têm se mostrado bem acima do esperado. E, acredite ou não, essa onda de calor não vai embora tão cedo. Segundo informações da MetSul, uma renomada instituição meteorológica, todas as regiões do Brasil enfrentarão altas temperaturas nas próximas duas semanas. E, pasme, há até mesmo a possibilidade de quebrarmos alguns recordes de temperatura para este mês.
Mas, por quê?
Agora, você deve estar se perguntando: “Por que isso está acontecendo?”. Bem, a resposta está em um fenômeno climático específico. Atualmente, uma massa de ar quente cobre o Brasil, e a tendência é que ela se intensifique ainda mais nos próximos dias. Esse fenômeno é conhecido como “domo” ou “cúpula de calor”. Imagine uma tampa em uma panela quente. O ar se comprime no solo, criando uma pressão que pode durar dias ou até semanas. Esta tampa impede que o ar abaixo dela se eleve, o que normalmente permitiria a formação de nuvens e eventualmente chuva.
Sob essa “tampa”, o calor fica preso. Durante o dia, o solo é aquecido pelo sol e, à noite, em vez de liberar esse calor para a atmosfera, ele fica retido sob a cúpula, fazendo com que as noites sejam mais quentes e os dias subsequentes ainda mais quentes, num ciclo que se autoalimenta.
Quais regiões serão mais afetadas?
Agora, vamos falar sobre números. Prepare-se, pois eles são surpreendentes. Há previsões de temperaturas em torno ou até acima de 40°C em diversos estados, incluindo Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, Rondônia, Amazonas, Pará, Tocantins, Bahia, Piauí e Maranhão. No entanto, um alerta especial vai para Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, onde a maioria das cidades pode registrar temperaturas acima de 40°C. A região do Pantanal também está em alerta para calores extremos.
Para colocar em perspectiva, o recorde de calor já registrado oficialmente no Brasil foi de 44,8°C em Nova Maringá, Mato Grosso, em novembro de 2020. No entanto, a MetSul sugere que esse recorde pode estar em risco.
Riscos à saúde
Mas, além do desconforto, há riscos reais à saúde. O calor excessivo pode ser especialmente perigoso para a população mais vulnerável, como idosos, doentes e pessoas em situação de rua. Em países tropicais como o Brasil, o calor pode ser um “assassino silencioso”, diferentemente de fenômenos mais visíveis como chuvas intensas e frio extremo. Um estudo de 2016 publicado na revista Nature revelou que São Paulo teve mais de mil mortes devido a um evento de calor extremo em 2014.
Agora, a parte crucial: como podemos nos proteger? A hidratação é fundamental. Beba muita água e outros líquidos. Além disso, proteja-se do sol. Use chapéus, óculos de sol e não esqueça do protetor solar com pelo menos 50 FPS. E aqui vai uma dica valiosa: evite ficar dentro de um carro estacionado ao sol. A temperatura pode aumentar em até 10°C em apenas dez minutos. E, claro, evite atividades físicas ao ar livre nos momentos de pico de calor.
Em resumo, estamos enfrentando um período de calor atípico, e é essencial estarmos informados e preparados. A natureza tem suas surpresas, mas com conhecimento e precaução, podemos enfrentar esses desafios de cabeça erguida. Mantenha-se seguro e hidratado!