Por que especialista acredita que a princesa Diana poderia ter sobrevivido ao seu ferimento fatal “incrivelmente raro”

por Lucas Rabello
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Na madrugada de 31 de agosto de 1997, o mundo recebeu a notícia da morte da princesa Diana, aos 36 anos, após um acidente de carro em Paris. O veículo em que ela estava, junto de Dodi Fayed e do motorista Henri Paul, perdeu o controle ao entrar no túnel Pont de l’Alma e colidiu contra uma coluna de concreto a cerca de 105 km/h. Apenas o segurança Trevor Rees-Jones sobreviveu, sendo também o único a usar cinto de segurança.

Diana sofreu graves lesões no tórax e nos pulmões, entrando em parada cardíaca pouco depois. Apesar dos esforços médicos, não resistiu a um ferimento interno raro, considerado pelo patologista forense britânico Richard Shepherd como decisivo para sua morte. Segundo ele, a princesa teve um pequeno rompimento em uma veia de um dos pulmões, um tipo de lesão que ele mesmo nunca havia visto em toda a sua carreira.

O acidente tirou a vida de três pessoas que estavam no veículo em 1997

O acidente tirou a vida de três pessoas que estavam no veículo em 1997

“Foi uma lesão muito pequena, mas no lugar errado”, explicou Shepherd em seu livro Unnatural Causes. Para o especialista, a tragédia pode ser considerada um exemplo clássico de “se apenas”, expressão que ele utiliza para casos em que pequenas mudanças poderiam ter alterado o desfecho. Uma dessas mudanças seria o uso do cinto de segurança. “Se ela estivesse usando, provavelmente teria aparecido em público dois dias depois, talvez com um olho roxo, algumas costelas fraturadas e um braço quebrado”, escreveu.

O patologista também ressaltou que a forma como Diana estava posicionada no carro influenciou o impacto. Caso tivesse batido no assento à frente em outro ângulo ou em menor velocidade, poderia ter sobrevivido. Outro fator apontado foi a resposta médica. Como ela parecia consciente logo após o acidente, não foi levada imediatamente ao hospital, o que retardou o tratamento para a hemorragia interna causada pela veia rompida.

A princesa Diana poderia ter sobrevivido se tivesse feito esta única coisa

A princesa Diana poderia ter sobrevivido se tivesse feito esta única coisa

O bombeiro Xavier Gourmelon, um dos primeiros a chegar ao local, contou ao jornal The Sun que não percebeu a gravidade da situação. “Para ser sincero, achei que ela sobreviveria. Quando estava na ambulância, estava viva e eu esperava que fosse viver”, disse. Ele também revelou as últimas palavras de Diana antes de perder a consciência, sem imaginar que se tratava de ferimentos fatais.

Os quatro ocupantes do carro momentos antes do acidente fatal

Os quatro ocupantes do carro momentos antes do acidente fatal

Apesar das especulações que surgiram ao longo dos anos, uma investigação policial realizada em 2004 concluiu que não havia indícios de conspiração ou ação criminosa, classificando o caso como um acidente trágico. Shepherd, em sua análise, concordou com essa conclusão, reforçando que o ferimento foi suficiente para explicar a morte. “A patologia da sua morte é, acredito, indiscutível. Mas em torno daquele pequeno e fatal rompimento em uma veia pulmonar se entrelaçam vários outros fatores, alguns obscuros o bastante para alimentar inúmeras teorias.”

Mais de duas décadas após o acidente, os detalhes médicos e as circunstâncias da noite em Paris ainda despertam interesse, especialmente pela combinação de fatores improváveis que resultaram em um desfecho tão marcante na história recente.

Fundador do portal Mistérios do Mundo (2011). Escritor de ciência, mas cobrindo uma ampla variedade de assuntos. Ganhou o prêmio influenciador digital na categoria curiosidades.
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