Cientista revela a criatura específica mais provável de ‘dominar a Terra’ se os humanos forem extintos

por Lucas Rabello
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Uma perspectiva inovadora sobre a futura espécie dominante da Terra surgiu na comunidade científica, desafiando nossas antigas suposições de que a inteligência artificial tomará o controle do planeta. O Professor Tim Coulson, um renomado professor de Zoologia e ex-chefe de Biologia da Universidade de Oxford, apresenta um candidato inesperado em seu novo livro “A História Universal de Nós”: o polvo.

“A vida provavelmente persistirá na Terra por mais um bilhão de anos, então me perguntei quais espécies poderiam nos substituir, construindo a primeira civilização não-humana”, explicou o Professor Coulson ao The European. Enquanto a ficção científica nos condicionou a temer senhores robóticos, a realidade pode ser muito mais intrigante.

A suposição comum pode nos levar a considerar os primatas como sucessores naturais da humanidade, dadas suas aparentes semelhanças conosco. No entanto, o Professor Coulson argumenta que essa semelhança pode ser sua ruína. Sua estreita relação evolutiva com os humanos sugere que eles podem enfrentar a extinção junto conosco.

Em vez disso, o Professor Coulson aponta para as notáveis capacidades dos polvos. “Os polvos estão entre as criaturas mais inteligentes, adaptáveis e engenhosas da Terra”, afirma. Esses cefalópodes possuem uma impressionante gama de habilidades que os posicionam como potenciais futuros governantes do planeta.

Suas características notáveis incluem habilidades sofisticadas de resolução de problemas, comunicação complexa através de mudanças de cor e habilidades excepcionais de manipulação de objetos. “Sua estrutura neural avançada, sistema nervoso descentralizado e habilidades notáveis de resolução de problemas tornam várias espécies de polvos bem adequadas para um mundo imprevisível”, explica o Professor Coulson. A ausência de influência humana poderia permitir que esses intelectuais marinhos explorassem novos nichos ecológicos e se adaptassem a mudanças ambientais de maneiras que mal podemos imaginar.

Polvo

O sistema nervoso descentralizado do polvo lhes confere uma vantagem única. Ao contrário da maioria das criaturas, sua rede neural se estende por todo o corpo, criando uma inteligência distribuída que pode ser inestimável para se adaptar a desafios futuros. Sua capacidade de mudar de cor não serve apenas como camuflagem, mas também como um sistema de comunicação sofisticado, sugerindo potencial para interações sociais complexas.

No entanto, o Professor Coulson mantém a cautela científica, observando que é “impossível prever com qualquer grau de certeza como a evolução se desenrolará ao longo de períodos prolongados”. O cronograma para tais mudanças evolutivas se estende muito além no futuro, com a extinção humana não sendo esperada por vários milhões de anos.

Essa mudança de perspectiva, de inteligência artificial para inteligência natural como futuros governantes da Terra, abre novas conversas sobre evolução e inteligência. Enquanto robôs e IA continuam a avançar, a natureza pode já ter produzido uma espécie capaz de desenvolver a próxima civilização dominante na Terra – escondida à vista de todos, sob as ondas.

Lucas Rabello
Lucas Rabello

Fundador do portal Mistérios do Mundo (2011). Escritor de ciência, mas cobrindo uma ampla variedade de assuntos. Ganhou o prêmio influenciador digital na categoria curiosidades.