Pessoas ficam horrorizadas ao descobrir como é a pior dor humana vista no microscópio

por Lucas Rabello
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Você já parou para pensar qual é a pior dor que um ser humano pode suportar? Enquanto alguns imaginam fraturas graves ou o parto, um estudo científico revelou que existe um tipo de sofrimento capaz de superar até os traumas mais conhecidos: as pedras nos rins. Uma pesquisa recente trouxe dados impressionantes sobre como esse problema, aparentemente comum, pode ser mais intenso do que se imagina — e imagens microscópicas mostram por quê.

De acordo com um estudo realizado por pesquisadores das universidades de Sheffield e Leeds, no Reino Unido, 88,9% dos homens e 78,2% das mulheres que passaram pela experiência de eliminar cálculos renais descreveram a dor como a mais extrema de suas vidas. O levantamento analisou 59 pacientes, considerando idade, tamanho das pedras e relatos detalhados de intensidade. Para muitos, a sensação foi comparada a “ser esfaqueado repetidamente em uma área sensível”, como descreveu um participante.

O professor Troy Madsen, especialista em medicina de emergência da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, confirma o impacto desses casos. Ele relata que, em anos de atendimento em pronto-socorro, poucas situações se igualam ao sofrimento de alguém com cólica renal. “Dá para reconhecer imediatamente. A pessoa não consegue ficar parada, se contorce e mal consegue explicar o que está sentindo”, detalha.

Mas o que torna as pedras nos rins tão doloridas? A resposta está em sua estrutura. Imagens capturadas em microscópio pelo laboratório de Eastfield College, no Texas, revelam cristais irregulares e pontiagudos, semelhantes a agulhas minúsculas. Essas formações surgem quando substâncias como cálcio e ácido úrico se concentram na urina, cristalizando-se lentamente. Ao se deslocarem pelo sistema urinário, esses fragmentos arranham tecidos internos, causando inflamação e dor aguda.

Sim, nada legal (Murry Gans/Eastfield College)

Hm, nada legal (Murry Gans/Eastfield College)

Nas redes sociais, relatos de quem viveu a experiência não deixam dúvidas. “Parece que alguém enfiou uma lixa no ureter e puxou”, compartilhou um usuário do Reddit. Outro comparou a sensação a “ter um cacto percorrendo suas entranhas”. Um depoimento chamou atenção: após eliminar uma pedra do tamanho de uma cabeça de palito de fósforo, o indivíduo contou que vomitou de tanto sofrer, mesmo com medicamentos fortes.

A prevenção, porém, pode ser simples. A hidratação é a principal aliada para diluir os minerais na urina, evitando a formação dos cristais. Profissionais recomendam ingerir pelo menos 2 litros de água por dia, além de moderar o consumo de sal e proteínas animais, que contribuem para o acúmulo de substâncias nocivas. Exames de rotina também ajudam a identificar riscos antes que as pedras se tornem um problema.

Ai (Murry Gans/Eastfield College)

Ai (Murry Gans/Eastfield College)

Enquanto algumas dores são inevitáveis, como o parto ou acidentes, a cólica renal surge como uma adversidade que combina sofrimento físico e imprevisibilidade. E se há um consenso entre médicos e pacientes, é que ninguém deseja reviver a experiência. Como resumiu um sobrevivente das pedras nos rins: “É como carregar uma bomba-relógio dentro do corpo — você nunca sabe quando vai explodir”.

Para quem busca evitar o problema, a lição é clara: manter uma garrafa de água sempre por perto pode ser a diferença entre um dia normal e uma visita ao hospital. E, diante das imagens microscópicas que circulam na internet, fica fácil entender por que tantos escolhem não arriscar.

Fundador do portal Mistérios do Mundo (2011). Escritor de ciência, mas cobrindo uma ampla variedade de assuntos. Ganhou o prêmio influenciador digital na categoria curiosidades.