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Pesquisadores de Minas Gerais criam espuma que absorve agrotóxicos dos alimentos e da água

Luciana Calogeras

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O plástico é um problema ambiental de grande escala, que vai muito além da poluição. Assim, uma solução foi apresentada por cientistas brasileiros. Veja só:

Você já deve ter ouvido falar ou certamente sabe que o plástico é um problema ambiental de grande escala. Seus danos ao meio ambiente vão muito além da poluição, uma vez que as contaminações das águas e de outros alimentos revelaram que este material está inclusive presente em nosso organismo.

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Assim sendo, cientistas da Universidade Federal de Minas Gerais, a UFMG, em busca de formas sustentáveis para substituir o plástico, acabaram desenvolvendo uma espuma capaz de reconhecer e absorver herbicidas dos alimentos e da água. Confira aqui a pesquisa na integra.

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Essa espuma é à base de poliuretano, um material que é usado na criação de esponjas, espumas isolantes térmicas e acústicas e até solados de calçados. O produto foi criado partindo de resíduos da indústria petroquímica junto com componentes naturais, como o óleo de mamona. Esta combinação possibilitou a interação de grupos químicos com os pesticidas, alavancando a identificação dos agrotóxicos presentes.

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A preocupação dos cientistas, no entanto, era de que a espuma chegasse a extrair os nutrientes dos alimentos, diminuindo a importância nutricional do mesmo. Porém nos testes foi constatado que o produto apenas retira os agrotóxicos sem prejudicar as propriedades nutricionais dos alimentos.

Lena Braga, engenheira química e pós-doutoranda da UFMG explica: “A eficácia é em torno de 90% da espuma com resíduo e, como resíduo puro, chega a 95% da remoção do pesticida”.

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O objetivo é desenvolver um filme plástico a partir do material da espuma que, ao embalar alimentos em casa ou em supermercados, seja capaz de detectar e remover os pesticidas.

Esta pesquisa foi liderada pela engenheira química Marys Lane Almeida e publicada no Journal of Hazardous Materials, em março de 2019.

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Luciana é profissional da área de tradução há mais de 15 anos, atuando também como professora de Inglês. Trabalha no Mistérios do Mundo desde 2016 como redatora e roteirista e em horas vagas é pesquisadora curiosa em diversas áreas do conhecimento.

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