Recentes avistamentos de drones na Costa Leste dos Estados Unidos têm gerado controvérsias e declarações conflitantes entre autoridades governamentais. A situação ganhou destaque após o deputado de Nova Jersey, Jeff Van Drew, fazer alegações sobre a origem dessas misteriosas aeronaves em uma entrevista à Fox News.
Baseando-se em sua posição no Comitê de Transporte e no Subcomitê de Aviação, Van Drew afirmou ter informações obtidas de “fontes muito altas, muito qualificadas, muito responsáveis”. De acordo com o deputado, “o Irã lançou uma nave-mãe há cerca de um mês que contém esses drones. Essa nave-mãe está na costa leste dos Estados Unidos.”
O Pentágono, no entanto, rapidamente desmentiu essas alegações. Durante um briefing em 11 de dezembro, a porta-voz do Pentágono, Sabrina Singh, abordou o assunto diretamente, afirmando que “não há evidências de que esses drones venham de uma entidade estrangeira ou de um adversário”. Singh refutou explicitamente as declarações de Van Drew, dizendo: “Não há nenhum navio iraniano na costa dos Estados Unidos, e não há nenhuma chamada nave-mãe lançando drones em direção aos Estados Unidos.”
O FBI e a polícia estadual de Nova Jersey estão investigando ativamente a situação, pedindo ajuda ao público para relatar qualquer informação relevante. De acordo com o FBI, “testemunhas relataram avistar um grupo de objetos que parecem ser drones e possivelmente uma aeronave de asa fixa”. Esses relatos, feitos tanto por civis quanto por autoridades policiais, datam de várias semanas atrás.
A avaliação inicial do Pentágono indicou que as aeronaves não eram de origem estrangeira e que não foram consideradas ameaçadoras a ponto de justificar intervenção militar. A situação é semelhante a incidentes recentes no Reino Unido, onde drones misteriosos foram avistados próximos a três bases aéreas britânicas utilizadas pela Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) – RAF Lakenheath, RAF Mildenhall e RAF Feltwell.
Em resposta aos incidentes no Reino Unido, um porta-voz da USAF na Europa confirmou a presença de pequenos sistemas aéreos não tripulados (UASs) nessas áreas. “O número de UASs variava, assim como o tamanho/configuração”, explicou o porta-voz. “Os UASs foram monitorados ativamente, e os líderes das instalações determinaram que nenhuma das incursões impactou os moradores das bases ou a infraestrutura crítica.”
A USAF afirmou que continuará “monitorando nosso espaço aéreo”, enquanto trabalha em parceria com autoridades locais e parceiros de missão para garantir a segurança dos residentes das bases e de seus ativos. Além disso, para manter a segurança operacional, a USAF não divulgou medidas específicas de proteção, mas reafirmou seu direito de proteger suas instalações.
Esses incidentes levaram a um aumento na vigilância e nos esforços de investigação em ambos os lados do Atlântico, enquanto as autoridades buscam identificar a origem e o propósito dessas atividades não autorizadas com drones.