As mães colocam nos seios das meninas pedras quentes e cintos para comprimi-los, tudo para evitar que se desenvolvam e atraiam a atenção dos homens. Assim, elas as protegem do abuso.
Há muitas torturas sofridas por meninas na África, e isso vem de centenas de anos. Embora sejam feitas tentativas para impedi-las de fazer, muitas vezes é inevitável. Essas torturas têm a ver com o fato de serem mulheres, com a maioria delas projetada para minar sua identidade.
Mas há uma forma de tortura que tem sido falada muito pouco e que recentemente começou a ser mais visível, que não se destina a prejudicá-las, mas sim “protegê-las”.
A prática não tem por finalidade ser um ato de beleza, mas para evitar que as meninas recebam atenção masculina indesejada e acabem sendo assediadas ou abusadas sexualmente por homens (causando gravidez prematura).
Como você pode imaginar, impedir que os seios de uma menina na puberdade se desenvolvam não é uma tarefa fácil ou indolor: as mulheres de sua família batem nelas com objetos duros e quentes, como pedra. Outra técnica que elas usam é colocar cintos que comprimem o peito no torso.
Essa prática não só previne o crescimento das mamas, mas produz muitos mais efeitos negativos: destrói o tecido mamário, pode causar câncer de mama, dissimilaria mamária – ou o completo desaparecimento de ambos os seios – e gera problemas na amamentação. Também gera problemas psicológicos, como angústia ou rejeição do próprio corpo, se os seios eventualmente voltarem a crescer.
Guiné-Bissau, Togo, Chade, Benin, Costa do Marfim, Quênia e Zimbábue são outros países onde esta prática é realizada, de acordo com o site The Conversation. Segundo as Nações Unidas, 3,8 milhões de adolescentes em todo o continente foram afetadas pelo achatamento da mama.
A ONG The Girl Generation, fundada no Reino Unido, está atualmente levantando fundos para ajudar na diminuição do problema na África.