Os 3 empregos que podem desaparecer em um ano, segundo a inteligência artificial

por Lucas Rabello
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O mundo do trabalho nunca para de mudar. Profissões que eram comuns há algumas décadas hoje parecem peças de museu, e a inteligência artificial (IA) está acelerando essa transformação. De acordo com análises recentes, algumas ocupações podem desaparecer em um futuro próximo — e outras já estão sentindo o impacto.

Um exemplo é o trabalho de operador de call center. A IA e os chatbots estão se tornando tão eficientes no atendimento ao cliente que, segundo projeções, essa ocupação pode deixar de existir em apenas um ano. Sistemas automatizados conseguem resolver dúvidas, processar pedidos e até lidar com reclamações sem a necessidade de intervenção humana, reduzindo custos e aumentando a velocidade dos serviços.

Os 3 empregos que podem desaparecer em um ano, segundo a inteligência artificial

Mas os operadores de telemarketing não são os únicos em risco. Caixas de supermercado e lojas físicas também estão na lista. Com a popularização dos sistemas de autopagamento e o crescimento do comércio online, a demanda por profissionais nessa área caiu drasticamente. Em alguns países, redes varejistas já operam com até 80% dos caixas substituídos por máquinas. Outra profissão afetada é a de agente de viagens tradicional. Plataformas digitais permitem que qualquer pessoa reserve hotéis, compre passagens aéreas e monte roteiros turísticos em poucos cliques, sem depender de um intermediário.

Elon Musk, fundador da Tesla e da SpaceX, vai além. Em publicações no X (antigo Twitter), ele alertou que a IA pode superar humanos em áreas como medicina e direito. Citando um estudo do The New York Times, Musk destacou que chatbots como o ChatGPT foram mais precisos do que médicos na análise de históricos médicos e no diagnóstico de doenças. “A IA em breve superará médicos e advogados por uma grande margem”, afirmou. A declaração foi uma resposta a Bindu Reddy, CEO de uma empresa de IA, que argumentou: “Um médico robô com acesso a todos os exames laboratoriais poderá diagnosticar problemas e sugerir tratamentos mais eficazes que a maioria dos humanos”.

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No campo jurídico, a perspectiva é similar. A IA já é usada para analisar contratos, pesquisar jurisprudência e até prever resultados de processos. Isso reduz a necessidade de horas de trabalho humano em tarefas repetitivas, levantando dúvidas sobre o futuro de funções como assistentes jurídicos e paralegais.

Mas nem todos concordam que a IA vai simplesmente apagar empregos. Rebeca Eun Young Hwang, professora de Stanford e Thunderbird, apresentou uma visão diferente em um evento organizado pelo Google. Para ela, a tecnologia não eliminará profissões, mas transformará a maneira como trabalhamos. “A pergunta não é quais empregos vão desaparecer, mas qual parte deles será afetada”, explicou. Hwang acredita que a IA liberará tempo dos profissionais, permitindo que se dediquem a atividades mais criativas e estratégicas. Por exemplo, médicos poderão focar no relacionamento com pacientes, enquanto a IA cuida de diagnósticos complexos.

Essa divergência de opiniões gera debates acalorados. Nas redes sociais, usuários rebatem as previsões de Musk com ceticismo. “Você pode confiar sua biopsia a uma IA, mas não espere que eu faça o mesmo”, comentou um deles. Outros destacam que habilidades humanas, como empatia e adaptabilidade, são difíceis de replicar por máquinas.

Enquanto isso, setores como educação, arte e gestão de equipes seguem sendo apontados como refúgios seguros — pelo menos por enquanto. A verdade é que a relação entre humanos e IA ainda está sendo escrita. Uma coisa é certa: adaptar-se às mudanças não é mais uma opção, mas uma necessidade para quem quer permanecer relevante no mercado de trabalho.

Lucas Rabello
Lucas Rabello

Fundador do portal Mistérios do Mundo (2011). Escritor de ciência, mas cobrindo uma ampla variedade de assuntos. Ganhou o prêmio influenciador digital na categoria curiosidades.

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