Ondas quadradas: um fenômeno fascinante e perigoso

por Lucas Rabello
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Imagine só: você está relaxando à beira do oceano, absorvendo o sol, quando, de repente, as ondas começam a jogar um jogo da velha bem diante dos seus olhos. Sim, você ouviu direito – ondas quadradas! Parece um nível de um jogo de vídeo game, não é? Mas por mais legais que pareçam, essas maravilhas geométricas não são brincadeira.

“Hey, você já viu ondas que não apenas rolam, mas na verdade formam quadrados?” Essa é o tipo de pergunta que pode te render alguns olhares confusos. As ondas são supostas a ser essas linhas curvas de energia, se movendo graciosamente em direção à costa, certo? Bem, nem sempre.

Ondas quadradas

Quando dois mares se movem em direções perpendiculares, é aí que a mágica acontece. De cima, é como se a Mãe Natureza estivesse jogando xadrez, com ondas formando um padrão de grade através do oceano. Mas não se engane; não há uma grade real lá embaixo. É tudo sobre esses movimentos que se cruzam causados por padrões climáticos únicos.

“Olha só essas ondas em grade!” pode parecer uma coisa legal de se observar, mas aqui está a pegadinha: elas são a maneira do oceano de te dizer para recuar. Essas ondas quadradas, atingindo alturas de até três metros, são como a bandeira vermelha da natureza, acenando para você sair da água. E elas não são apenas altas; são rápidas, aparecendo e desaparecendo mais rápido do que você pode dizer “quadrado”.

Você pode pensar que é um bom nadador, mas essas ondas? Elas estão em outro nível. As ondas cruzadas vêm com o tipo de força que pode transformar uma viagem de barco em uma situação de emergência rapidinho. Não importa quão forte você pense que é, essas ondas vão te superar na natação todas as vezes.

Entre 1995 e 1999, esses brutamontes quadriculados estiveram por trás de uma boa parte dos acidentes de barco, segundo a Agência Espacial Europeia (ESA). Mas antes de você jurar nunca mais pisar no oceano novamente, ouça isso: uma vez que essas ondas quadradas atingem a costa, elas perdem um pouco do seu impacto. Claro, elas ainda não são para serem subestimadas, mas não são os monstros marinhos que alguns fazem parecer. “Respeite o oceano, mas não fique petrificado”, pode ser o meio termo aqui.

Vídeos circulando, como o que Razvan Fiat publicou, mostram essas ondas fazendo seu trabalho. E se você gostaria de observar essas ondas, a Ilha de Ré, na França, é como o lounge VIP para a observação delas. Só lembre-se, por mais hipnotizantes que sejam, essas ondas são um sinal para admirar de longe, não um desafio a enfrentar.

Lucas Rabello
Lucas Rabello

Fundador do portal Mistérios do Mundo (2011). Escritor de ciência, mas cobrindo uma ampla variedade de assuntos. Ganhou o prêmio influenciador digital na categoria curiosidades.