Conforme o trágico conflito na Ucrânia se desenvolve, aumentam os temores envolvendo a possibilidade da Rússia utilizar armamentos mais pesados. Entre eles, estão as armas termobáricas, também conhecidas como “bombas de vácuo”. Inclusive, a embaixadora da Ucrânia nos Estados Unidos, Oksana Markarova, afirmou que as forças russas já usaram uma bomba de vácuo contra os ucranianos na última segunda-feira (28). Além disso, repórteres da CNN compartilharam imagens de um lançador de foguetes múltiplos TOS-1, ou TOS-1A, capazes de lançar foguetes com ogivas termobáricas, nas proximidades da fronteira ucraniana com a cidade russa de Belgorod.
Mas, pelo menos oficialmente, o uso de armas termobáricas ainda não foi confirmado.

MAS AFINAL, O QUE SÃO AS ARMAS TERMOBÁRICAS?
O motivo que leva o mundo inteiro a estar preocupado com a possibilidade de utilização destas armas por parte dos russos é o fato delas serem capazes de criar uma explosão poderosa, muito mais devastadora que as bombas convencionais. Principalmente quando estamos falando de bombas lançadas em ambientes urbanos ou próximos a civis.
As munições termobáricas produzem mais calor e pressão do que os explosivos normais, liberando um vapor poderoso na zona de explosão. Essas munições funcionam dispersando inicialmente uma nuvem de aerossol, que flui em torno de objetos e entre as rachaduras e cavidades de estruturas. A nuvem é então inflamada com uma explosão de alta temperatura. Como você pode imaginar, os resultados são catastróficos.
A origem destas armas extremamente potentes remonta ao Exército Alemão na Segunda Guerra Mundial, principalmente nos embates realizados na Frente Oriental. Entretanto, a tecnologia se tornou melhor desenvolvida nas forças armadas de outros países. Os Estados Unidos, por exemplo, admitiram usar armas termobáricas nas montanhas ao leste do Afeganistão na luta contra a Al-Qaeda. Também acredita-se que o Reino Unido, China, Índia e – obviamente – a Rússia tenham essas armas em seu arsenal militar.
Diversas organizações não-governamentais, como a Anistia Internacional, condenam o uso de armas termobáricas. Esta ONG, inclusive, condenou de forma aberta o uso desses armamentos pela Rússia no bombardeio da Síria. No entanto, essas armas não são explicitamente proibidas durante guerras sob o direito internacional.