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O que os cientistas descobriram quando estudaram o Sudário de Turim?

O que os cientistas descobriram quando estudaram o Sudário de Turim?

O Sudário de Turim tem sido objeto de intensa fascinação e controvérsia por séculos. Acreditado por alguns como o tecido funerário de Jesus Cristo, o pano de linho apresenta uma imagem fraca do rosto de um homem, com marcas consistentes com uma coroa de espinhos e manchas que parecem ser sangue.

Apesar de sua autenticidade contestada, o sudário atraiu devoção de muitos, incluindo papas que fizeram peregrinações para vê-lo.

O primeiro registro histórico conhecido do sudário remonta a 1354, quando estava na posse do Cavaleiro Templário Geoffroi de Charnay. Em 1389, foi exibido, apenas para ser denunciado como fraude pelo bispo de Troyes. No entanto, isso não impediu que o sudário fosse reverenciado por muitos ao longo da história.

Em um esforço para determinar a origem do sudário, cientistas realizaram testes de datação por radiocarbono na década de 1980. Os resultados indicaram que o linho do sudário remonta a um período entre 1260 e 1390 d.C., apoiando a ideia de que era um artefato medieval.

Críticos desses resultados argumentam que as amostras testadas podem ter vindo de partes reparadas do sudário ou que ele foi contaminado durante um incêndio em 1532. No entanto, testes subsequentes envolvendo contaminação por monóxido de carbono não afetaram significativamente os resultados da datação por radiocarbono.

Outra abordagem para entender a autenticidade do sudário envolveu o estudo dos padrões das marcas no tecido. Os pesquisadores tentaram determinar se os padrões eram consistentes com uma crucificação em forma de T ou Y, simulando feridas em um manequim e voluntário.

Eles concluíram que os padrões não correspondiam à crucificação, sugerindo que as partes do corpo teriam que estar em ângulos diferentes para produzir os padrões vistos no sudário.

Embora alguns tenham questionado a validade dessas descobertas, apontando que o transporte de um corpo no linho poderia ter alterado os padrões, as evidências científicas coletadas até agora apoiam uma explicação mais simples: o sudário é uma falsificação medieval, criada em algum momento antes de entrar nos registros históricos na década de 1300.

Embora essa conclusão possa ser desinteressante para aqueles que buscam acreditar na origem divina do sudário, ela permanece a mais consistente com as evidências disponíveis. À medida que a ciência continua a explorar os mistérios do Sudário de Turim, é crucial avaliar as evidências de forma objetiva e considerar a possibilidade de que essa relíquia possa não ser o que parece ser.