Há 65 milhões de anos tivemos um evento que extinguiu em massa os dinossauros: a queda do famoso asteroide de Chicxulub, de 15 quilômetros de diâmetro, que acabou despencando em na província de Yucatán, no México.
Por incrível que pareça, estima-se que na época, apenas 13% de toda a superfície da Terra tinha este tipo de solo que era capaz de lançar uma nuvem de poeira tão grande por conta da ação de um meteorito… e Yucatán era uma dessas regiões. Que falta de sorte, não é mesmo?
Bem, assim sendo, a poeira levantada pelo impacto acabou por impedir a chegada da luz solar por 500 dias, o que acabou com a fotossíntese das plantas e ocasionou a morte de muitos herbívoros e carnívoros na natureza. Fora a temperatura da Terra que despencou, levando a morte de 75% das espécies.
Tendo isso em mente, você já deve ter se perguntado: mas e se uma rocha dessas caísse novamente em Yucatán? O que seria de nós?
Para começar, quase todo o território mexicano e do Caribe desapareceria em instantes. Haveria um terremoto causado pelo impacto que teria magnitude 10,3 na Escala Richter e impactaria até o extremo norte do Brasil. O terremoto seria tão intenso que superaria o de Valdívia, no Chile que ocorreu em 1960 com escala de 9,5.
Para piorar a situação, Cancún seria varrido por um tsunami apocalíptico e Miami, nos EUA, além de Havana, em Cuba, deixariam de existir na hora. Recife em Pernambuco foi atingido por um tsunami de 20 metros quando os dinossauros foram exterminados, de modo que a situação seria semelhante.
E você pensava que os problemas acabavam por aí? Que nada, eles só começam: os pedaços remanescentes de rocha seriam lançados ao espaço em velocidades hipersônicas, o que ocasionaria incêndios de todo tipo ao redor da Terra. Sem contar as rajadas de vento, que criariam vendavais de até 1000 km/h nos arredores da cratera formada. Essa ventania intensa seria capaz de quebrar e abalar estruturas enormes, desde o Alasca aos pampas gaúchos.
Seguindo, a nuvem negra de rochas vaporizadas pelo impacto causaria a queda de temperatura em média de 8 graus no planeta todo. Ou seja, São Paulo veria neve pela primeira vez no inverno. Segundo um estudo da geofísica Joanna Morgan, do Imperial College, em Londres, esse cenário de baixa na temperatura duraria cerca de dois anos, que é o tempo necessário para que os detritos se dissipassem.
Outro grande problema seria a escuridão, além é claro das regiões litorâneas do mundo que foram atingidas. Estima-se que poucas pessoas morreriam, mas teríamos um grande problema nas regiões agrícolas por conta da falta de luz – e com isso, a escassez de alimentos.
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De início, aconteceria o óbvio: todo tipo de comida teria seu preço aumentado. Porém, devemos nos lembrar que, quando existem problemas de fome mundial no que se diz respeito às multidões, podemos esperar o pior: uma verdadeira guerra.
Se só de pensar na greve dos caminhoneiros nos lembramos do grande caos que se instaurou, imagine só um cenário desses? Viveríamos longos períodos de roubos e assassinatos.
Ou seja: será que seriam os repteis que seriam exterminados? É… não!