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O que aconteceria com nosso planeta se EUA e Rússia entrassem em uma guerra nuclear?

Leonardo Ambrosio

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O que aconteceria com nosso planeta se EUA e Rússia entrassem em uma guerra nuclear?
Cientistas já se dedicaram em tentar entender o que aconteceria com nosso planeta neste cenário assustador, e as previsões não são nada boas.

De acordo com os dados mais recentes da Federação dos Cientistas Estadunidenses, os EUA possuem mais de 6000 ogivas nucleares, enquanto a Rússia detém um número um pouco maior destes armamentos – passando a casa dos 6500. São os norte-americanos, no entanto, que realizam o maior número de testes. De acordo com a mesma federação, já foram mais de 1000 testes nucleares desde o primeiro, em Alamogordo, no Novo México, em 1945. Os russos, por outro lado, testaram suas ogivas pouco mais de 700 vezes.

Outros países, como Reino Unido, França e China também possuem investimentos em armas nucleares, porém longe do poderio de russos e estadunidenses. Isso nos leva a imaginar o que aconteceria se, por algum motivo, Rússia e EUA decidissem entrar em um conflito bélico nos dias de hoje.  É claro que diplomacia internacional é mais forte atualmente do que era no passado, mas ainda assim observamos atritos e desencontros políticos entre as duas nações com bastante frequência.

Cenários de destruição

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Os cientistas já esforçaram para tentar entender o que aconteceria com nosso planeta neste cenário caótico de guerra nuclear, e as previsões não são nada agradáveis. Se engana, no entanto, quem acha que sofreríamos apenas com as explosões. De acordo com os pesquisadores, caso EUA e Rússia detonassem todos seus arsenais nucleares, o planeta seria tomado por 150 megatoneladas de fuligem resultante das explosões, o que em 15 dias seria suficiente para cobrir toda a Terra.

A fuligem por si só já é um problema, por conta de sua toxicidade, mas ela também traria outras complicações. Como a poeira bloquearia grande parte da passagem de luz solar, rapidamente as temperaturas em nosso planeta despencariam em aproximadamente 9ºC. As chuvas, consequentemente, tornariam-se muito mais raras, e levaria praticamente uma década para que a atmosfera do nosso planeta lentamente voltasse a patamares anteriores à explosão.

O que pode servir como “alento” para alguns é que dificilmente o cenário seria tão apocalíptico como aquele que resultou da chuva de meteoros que expulsou os dinossauros da Terra. Mesmo que EUA e Rússia empregassem esforços máximos em uma guerra nuclear, a humanidade provavelmente sobreviveria, ainda que sofresse um golpe sem precedentes.

O grande problema é que as pessoas continuariam sofrendo durante muito tempo mesmo após o fim da suposta guerra, seja pela fome, pelas secas ou pelos efeitos devastadores da radiação.

Para evitar tanta destruição e sofrimento, os cientistas dizem que o passo mais importante é a humanidade livrar-se dos arsenais nucleares, principalmente para que eles não caiam em mãos erradas (é difícil falar em “mãos certas” quando falamos de armas com tamanho potencial destrutivo). Além disso, o alívio das tensões entre as principais forças bélicas internacionais é um objetivo a ser levado em consideração para os próximos anos. Em um cenário de guerra, vidas inocentes e nosso próprio planeta seria devastado por motivações que, certamente, nem farão mais sentido no futuro.

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Leonardo Ambrosio tem 26 anos, é jornalista, vive em Capão da Canoa/RS e trabalha como redator em diversos projetos envolvendo ciências, tecnologia e curiosidades desde 2014.

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