Antes de os pássaros dominarem os céus, o Meganeuropsis, uma criatura colossal semelhante a uma libélula, detinha o título de maior inseto que já existiu. Imagine só: a envergadura deste antigo gigante era impressionantes 71 centímetros – aproximadamente o tamanho de um pombo bem alimentado!
O Meganeuropsis permiana, como é tecnicamente chamado, pode lembrar as libélulas que vemos hoje, mas aqui vai uma reviravolta: elas não são verdadeiras libélulas. Na verdade, esses insetos gigantes pertencem a uma ordem extinta conhecida como Meganisoptera, mais comumente chamada de griffinflies.
Voltando no tempo, o Meganeuropsis prosperou durante a era Permiana tardia, cerca de 275 milhões de anos atrás. O mundo naquela época era drasticamente diferente do que conhecemos hoje. Imagine: todas as principais massas terrestres estavam fundidas em um único e imenso supercontinente chamado Pangéia. Essa formação única aconteceu após a colisão monumental de Euramérica e Gondwana. E, enquanto os répteis dominavam essas terras, os insetos, curiosamente, experimentavam um aumento significativo na diversificação.
Aprofundando-se na história do Meganeuropsis, é interessante notar que é um gênero dividido em duas espécies distintas. A maior das duas, Meganeuropsis permiana, foi trazida à luz pela primeira vez pelo entomologista e paleontólogo americano Frank Carpenter em 1939. Sua descoberta foi baseada em um único espécime incompleto encontrado em Elmo, Kansas. Pouco tempo depois, Carpenter apresentou ao mundo uma espécie semelhante, embora um pouco menor, chamada Meganeuropsis americana.
Agora, você pode se perguntar por que não há uma abundância de evidências sobre esses antigos insetos. A razão é simples, porém intrigante. Os insetos não têm ossos como mamíferos, peixes ou répteis, tornando extremamente desafiador para eles se fossilizarem da mesma maneira. Assim, cada descoberta sobre o Meganeuropsis é como encontrar uma agulha em um palheiro.
Mas o que realmente limitou o tamanho do Meganeuropsis? Acontece que a natureza estabeleceu limites para o quão grande um inseto pode crescer. Para começar, insetos, incluindo o Meganeuropsis, têm um exoesqueleto. Conforme crescem, eles descartam ou mudam esse exoesqueleto, um processo que se torna cada vez mais intensivo em energia e drenante de recursos à medida que o tamanho do inseto aumenta.
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Além disso, o mecanismo de respiração dos insetos é muito diferente de outras criaturas. Em vez de pulmões, eles dependem de uma rede de minúsculos tubos chamados traqueias. Esses tubos fornecem oxigênio diretamente para suas células. No entanto, à medida que o tamanho do inseto aumenta, essas traqueias se tornam menos eficientes, tornando mais difícil fornecer oxigênio para todas as células. Some isso ao sistema metabólico relativamente básico de um inseto, que não é projetado para suportar um corpo maior, e fica evidente por que o Meganeuropsis estava testando os limites de tamanho da natureza.
Curiosamente, enquanto o Meganeuropsis detém o recorde de maior inseto, havia outras criaturas de grande porte que caminhavam pela Terra. Pegue o Arthropleura, por exemplo, o maior milípede de todos os tempos, estendendo-se a impressionantes 2 metros de comprimento e meio metro de largura. Mas lembre-se, eles não são insetos! Eles pertencem a uma classe separada chamada Diplopoda.
Em conclusão, enquanto muitas criaturas gigantescas já vagaram por nosso planeta, o Meganeuropsis permiana se destaca, gravando seu lugar na história como o maior inseto já conhecido na Terra. As histórias de sua grandeza e os mistérios que o cercam continuam a cativar cientistas e entusiastas.