Em um mundo onde desastres nucleares se tornaram lembranças aterrorizantes, uma descoberta recente na usina nuclear de Fukushima, no Japão, despertou preocupações.
Sondas robóticas, enviadas para mergulhar nas ruínas aquáticas da usina, revelaram que estruturas de suporte vitais estão danificadas. Embora não haja preocupação imediata, teme-se que outro terremoto possa transformar isso em um problema significativo.
A Tokyo Electric Power Company Holdings (TEPCO) utiliza sondas controladas remotamente para investigar as profundezas submersas da usina e monitorar a cara operação de limpeza.
Na última terça-feira, uma atualização recente revelou que um de seus robôs capturou imagens do pedestal da Unidade 1, uma estrutura de suporte sob um dos núcleos do reator que sofreu um derretimento durante o infame desastre nuclear de 2011.
A Associated Press informa que a parede de concreto de 120 centímetros de espessura do pedestal apresenta sinais de danos consideráveis em sua base, expondo o aço de reforço no interior. Essa descoberta é especialmente preocupante porque três dos reatores contêm um total estimado de 880 toneladas de detritos de combustível nuclear derretido altamente radioativo.
O jornal Asahi Shimbun afirma que a TEPCO conseguiu obter a primeira confirmação visual do combustível nuclear derretido no reator da Unidade 1 na semana passada. A operação de limpeza ainda enfrenta desafios para remover os detritos de combustível, e se essas estruturas de suporte falharem, isso pode criar complicações adicionais para a TEPCO.
Em resposta aos relatórios, o governador da província de Fukushima, Masao Uchibori, pediu à TEPCO que avaliasse se a estrutura poderia resistir a outro terremoto, como o que desencadeou o desastre em 2011.
A catástrofe ocorreu em 11 de março de 2011, quando um terremoto de magnitude 9,0 atingiu a costa leste do Japão, provocando um tsunami de 15 metros que matou mais de 18.000 pessoas. O tsunami também atingiu a usina nuclear de Fukushima, desligando seu suprimento de energia e sistemas de resfriamento essenciais, levando a fusões em três reatores e vazamentos significativos de radiação. O acidente é considerado o pior desastre nuclear desde Chernobyl, em 1986.
O combustível gasto recentemente fotografado nos reatores é apenas um aspecto do problema. A usina também foi inundada com água durante o incidente, produzindo cerca de 1,3 milhão de toneladas de águas residuais armazenadas em mais de 1.000 tanques no local.
Apesar de debates acalorados, a TEPCO anunciou planos para despejar água tratada no Oceano Pacífico, irritando comunidades pesqueiras locais e países vizinhos. Embora essa proposta possa parecer arriscada, na verdade é mais segura do que parece – e talvez seja a única opção viável.
Editor-chefe do portal Mistérios do Mundo desde 2011. Adoro viajar, curtir uma boa música e leitura. Ganhou o prêmio influenciador digital na categoria curiosidades.