Sua aula de biologia do ensino médio pode ter ensinado que todos os humanos modernos descenderam de um único grupo na África, mas a ciência tem um jeito de nos surpreender.
Um estudo recente e impressionante na Nature está dando uma reviravolta na nossa árvore genealógica humana. Ele sugere que o Homo sapiens não brotou de uma única raiz, mas sim de múltiplas populações que se entrelaçavam e se espalhavam pela África.
Imagine assim: cerca de 120.000 a 135.000 anos atrás, vários grupos de humanos primitivos, já ligeiramente diferenciados, se ramificaram. Mas, aqui está a surpresa – eles não pararam de interagir. Continuaram a se misturar e a conviver, criando um caule de humanidade levemente estruturado. Isso não te faz sentir uma conexão profunda com a humanidade?
Os astutos pesquisadores, incluindo a Professora Brenna Henn da UC Davis e Simon Gravel da McGill University, misturaram uma tonelada de dados genéticos e fósseis, compararam com o DNA de populações africanas modernas e chegaram a esse modelo revolucionário de evolução humana.
O povo Nama
Adicionando um tempero extra, eles incluíram genomas recém-sequenciados do povo Nama, uma população indígena no sul da África, conhecida por sua super-rica diversidade genética. Você acredita que eles coletaram amostras de saliva de pessoas indo e vindo em suas rotinas diárias nas aldeias? Que dedicação científica!
Anteriormente, os cientistas apostavam em modelos mais complexos, imaginando contribuições de hominídeos arcaicos para nosso pool genético. Mas essa nova pesquisa vira o jogo, sugerindo o contrário. E faz mais sentido também, nos dando uma visão mais clara da variação genética que vemos nos indivíduos e grupos hoje.
Os autores estimam que 1-4% da variação genética entre as populações humanas modernas pode ser devido a diferenças nesses primeiros grupos de humanos. Então, o que isso significa para o registro fóssil?
Bem, por causa do constante convívio entre os ramos, essas múltiplas linhagens provavelmente pareciam bastante semelhantes. Isso significa que fósseis de hominídeos muito diferentes, como o Homo naledi, provavelmente não fazem parte da nossa ascendência Homo sapiens.
Então, é isso! Essa pesquisa fascinante não está apenas reescrevendo nosso passado, mas também nos dando uma nova compreensão de nós mesmos. Lembre-se, a história da humanidade é complexa e constantemente evolutiva, assim como nós.