A Neuralink, empresa de Elon Musk, está recrutando voluntários para um experimento inovador e polêmico. O objetivo é inserir microchips no cérebro humano para restaurar funções perdidas devido a deficiências nos membros.
DJ Seo, fundador da Neuralink, compartilhou com a Bloomberg News que o objetivo imediato é criar uma interface cerebral genérica para devolver a autonomia a pessoas com condições neurológicas debilitantes.
O experimento exige voluntários dispostos a ter um furo feito em seus crânios para a inserção do chip, do tamanho de uma moeda, por um robô. Esse dispositivo é conectado a eletrodos mais finos que um fio de cabelo.
Neuralink tinha a intenção de obter aprovação da FDA para implantar o dispositivo em dez pacientes, mas concordou em reduzir esse número, cujo exato permanece em sigilo. A visão de Musk, no entanto, vai além da mobilidade, aspirando tratar condições de saúde mental, como depressão e esquizofrenia, e até mesmo condições de desenvolvimento como o autismo, com o objetivo final de ampliar as capacidades humanas.
“A meta de longo prazo é disponibilizar essa tecnologia para bilhões de pessoas, para potencializar o potencial humano e ultrapassar nossos limites biológicos,” disse Seo.
No entanto, a Neuralink enfrentou desafios, sendo alvo de uma investigação federal em 2022 após reclamações internas sobre testes em animais. A Reuters revelou que a pressa, impulsionada pela urgência de Musk por progresso, resultou na morte desnecessária de aproximadamente 1.500 animais desde 2018.
Embora essas mortes não constituam necessariamente uma violação das regulamentações dos EUA sobre testes em animais, elas levantam questões éticas, principalmente entre os funcionários da Neuralink, que acreditam que a pressa pode ter causado baixas evitáveis.
Apesar desses obstáculos, a Neuralink avança, e a possibilidade de testes em humanos se aproxima, indicando um avanço significativo em sua missão de integrar a cognição humana com a inteligência artificial.