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Mulher visita seu próprio coração em exibição no museu 16 anos depois de ter sido removido

Lucas R.

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Mulher visita seu próprio coração em exibição no museu 16 anos depois de ter sido removido
Descubra a emocionante história de uma mulher que visita seu próprio coração exibido em um museu de Londres.

Imagine isso: você está caminhando pelo prestigioso Museu Hunterian em Londres, lar de inúmeros maravilhas e curiosidades médicas. Entre elas, um coração, cujos compartimentos endureceram com o tempo, flutua suspenso em um pote de vidro. Uma jovem se aproxima dele, o olhar fixo nesse coração com uma mistura curiosa de familiaridade e admiração. Esse coração no pote já esteve dentro do corpo dela. Bem-vindo ao mundo de Jennifer Sutton, um conto de resistência e maravilha.

Aos tenros 22 anos, enquanto lidava com desafios universitários, Jennifer começou a lutar com atividades físicas simples. Uma visita ao consultório médico trouxe a bomba: Jennifer sofria de cardiomiopatia restritiva, uma condição rara e insidiosa onde os compartimentos do coração se tornam cada vez mais rígidos, prejudicando a capacidade de bombear sangue de forma eficiente. A única tábua de salvação? Um transplante.

Um novo coração

O tempo parecia andar a passos lentos enquanto a saúde dela despencava, mas 2007 trouxe um farol de esperança – um doador de coração foi encontrado. Depois da cirurgia, Jennifer tomou uma decisão sem precedentes. Ela permitiu que seu velho coração, seu companheiro de 22 anos, fosse exibido no Royal College of Surgeons. Seu objetivo? Lançar luz sobre as doenças cardíacas e a importância vital da doação de órgãos.

Retornar para visitar seu velho coração foi nada menos que surreal para Jennifer. “Já vi muitas coisas em potes na minha vida, mas pensar que isso na verdade é meu é muito estranho”, ela refletiu em uma entrevista à BBC. Este coração tinha sido seu aliado silencioso por mais de duas décadas, lutando silenciosamente contra uma condição que gradualmente o marcou para a derrota.

Seu primeiro encontro com seu coração em exibição, na Wellcome Collection em 2007, foi uma poderosa mistura de emoções. Ela o via como um símbolo potente para incitar conversas sobre doenças cardíacas, transplantes e o potencial salvador de vidas da doação de órgãos.

Avançando 16 anos, Jennifer, agora com 38, é um testemunho da resiliência humana. Em excelente saúde, ela continua a viver sua vida com entusiasmo, grata pelos anos adicionais oferecidos pelo seu doador. Sua mensagem ao mundo é simples: considere a doação de órgãos. Cada órgão pode dar a alguém uma segunda chance, assim como o coração que agora bate em seu peito. E seu velho coração? Continua orgulhosamente em exibição no Museu Hunterian, um testemunho de sua incrível jornada.

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Editor-chefe do portal Mistérios do Mundo desde 2011. Adoro viajar, curtir uma boa música e leitura. Ganhou o prêmio influenciador digital na categoria curiosidades.